sábado, maio 14, 2011

Mesmo surpreendidos pelo XXVIduzir , ‘Orange-noir’ asseguram classificação

A 5ª e última rodada da 1ª fase do Csapão Apertura 2011 reservou, no dia 1º de Maio, às 10 horas, na Tropical Academia, dois confrontos que decidiriam do segundo colocado em diante no Grupo B. As partidas entre XI com Álcool e XXVIduzir e IPM e Black Jack definiriam, também, se o terceiro colocado dessa chave alcançaria a fase quartas-de-final.

Para os derradeiros jogos, a organização do torneio, por meio de sorteio, estabeleceu o primeiro horário da manhã, 10 horas. Em ambas, o favoritismo recaía sobre as equipes mais tradicionais, os ‘orange-noir’ e a ‘Matilha Prateada’, em função também da vantagem que ambos traziam na tabela de classificação. Até aquele momento, os representantes do XI Csap haviam somado seis pontos e os do XVIII Csap contavam com quatro contra três e zero de seus respectivos adversários.

Buscando a confirmação de sua passagem à fase seguinte, os ónzimosalcoolianos levaram praticamente todos seus atletas para o embate, com exceção do fixo Adriano que, além de pendurado com um cartão amarelo, também se ausentaria devido à ida a um casamento em Ponte Nova na noite anterior, o que inviabilizaria seu retorno a tempo. No entanto, a esquadra contaria com a estreia nessa edição de Ramsés, depois de aguardada expectativa por seu retorno.

Com esses nomes disponíveis, o XI com Álcool foi para a partida com Felipão, Victor Hugo, Diego, Thiago Cançado e Carlão, tendo a suplência de Ramsés, Persa, Bruninho e Leonardo, uma formação nunca antes disponível.

Do outro lado, a formação do XVI Csap contava com jogadores altos em sua maioria e ávidos pela vitória, sua única alternativa na busca pela classificação. Para isso, mandaram à quadra Rodolfo, Maranaga, Pedro, Fernando Katsumi e Victor Cândido e mais dois jogadores na suplência.

A expectativa constatada nas arquibancadas e entre o público em geral era a de que a superação dos veteranos frentes aos calouros ocorreria sem sobressaltos, mas essa presunção necessitava ser confirmada dentro das quatro linhas. E o apito inicial do árbitro permitiu aos presentes a constatação de que na prática a teoria é outra.

O XXVIduzir, que disputa seu segundo torneio da Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho, trouxe consigo um sistema de jogo com uma marcação muito mais rígida do que a sofrida pelos ‘nerancieri’ até ali e uma agilidade para se desvencilhar da marcação também incomparáveis. O trabalho exercido pelo ‘Japa’ Katsumi permitia à equipe se movimentar bem e criar oportunidades cada vez mais claras de finalizar. Para proporcionar essa liberdade a ele, a dupla fechava a área caloura não abria espaços para chutes de curta distância de forma alguma, mesmo com a intensa pressão dos adversários.

E não foram poucas as tentativas para vencer o arqueiro da ‘Equipe mais sedutora do Csap’, segundo a própria denominação cunhada por eles. Mas o arqueiro e capitão dos calouros foi uma surpresa como há muito não se via nos torneios disputados na Tropical Academia. Rodolfo, com seus aproximadamente dois metros, se atirava e defendia disparos inimagináveis, quer se originassem de longa ou média distância quer viessem à queima-roupa. Finalizações que nas partidas anteriores teriam dado a vantagem de muitos gols para os ‘orange-noir’, naquela manhã não propiciavam nem a abertura do marcador.

A insistência, no entanto, deveria premiar aqueles que se dispusessem a repetir o lema de não morrer nunca quem peleia sempre. E se a bola de segurança no vôlei sempre é endereçada ao oposto do time, no futsal ónzimo ela cabe ao pivô. E quem exercia esse função durante a primeira metade da etapa inicial era o ‘Gigante’, que não fugiu à sua responsabilidade e depois de muito tentar aproveitou uma oportunidade para chutar cruzado da entrada da área e balançar o lado esquerdo das redes adversárias. 1 a 0.

Apesar da abertura do placar, a história do embate continua na mesma toada, parecendo mesmo que não havia acontecido nada de diferente no ‘score’. A partir daí, inclusive, o habilidoso Katsumi começou a aparecer com mais nitidez e causar mais preocupação em seus marcadores. Ainda que, em muitos momentos, ele abusasse de um ‘excesso de vontade’, quando não de trancos ilegais, de forma similar aos dois defensores de sua equipe, ele também exibia uma capacidade de desmontar a marcação individual tentada pelos veteranos.

E deixá-lo com a bola dominada no meio e com o adversário um pouco longe poderia ser fatal. Mas não poderia ser esquecido o pivô Vitor Cândido que, na mesma faixa da quadra, passou ao lado de Leonardo que entrara no lugar de Carlão, avançara, saíra da marcação de Diego e de Persa, que, postado ao lado do outro ala de seu time ao invés de fazer a sobra, não teve condições de deter o chute que foi no ângulo superior esquerdo de Felipão, sem nenhuma chance de defesa. 1 a 1.

O jogo, indefinido, tanto pelo resultado como pelo futebol apresentado por ambos os duelantes iria assim para o intervalo, após muitas outras chances criadas dos dois lados.

Na parada entre os tempos, os ‘nerancieri’ discutiram a forma de se livrar da forte marcação e voltar a apresentar-se de forma semelhante às partidas anteriores, com um bom toque de bola e sua posse pelo maior tempo possível. Buscaram, também, acertar o esquema tático que, com a presença de jogadores que não estiverem presentes nos encontros precedentes, não era seguido como se esperava, inclusive com avanços e recuos distintos aos desejados e esperados desde o início do cotejo.

Para a etapa final, o XI com Álcool retornou com a mesma formação que iniciara a primeira etapa e com o retorno à suplência daqueles que os substituíram em massa na segunda metade da etapa inicial. E para esses últimos vinte minutos, o XXVIduzir, que contava com a torcida dos Calouros do XXVII Csap nas arquibancadas, veio com toda a disposição e, em algumas jogadas, cometeram faltas ou desnecessárias ou violentas que, no entanto, foram sendo coibidas, em sua maioria, pelo árbitro.

Mas para bater a revelação do torneio, os ‘orange-noir’ necessitariam ser o mais ofensivo possível, porque, mesmo com a grande atuação de seus oponentes, era o único caminho que lhes poderia tirar o risco de uma nova desclassificação na primeira fase. Desde sua fundação, a equipe não avançara para a fase seguinte de campeonatos no Apertura 2009 e no Clausura 2010, mas nunca ficara dois torneios consecutivos de fora das quartas-de-final.

Por isso, o bombardeio à meta rival prosseguiu de forma ininterrupta, mas para sua eficácia seria necessária a individualidade aparecer e superar o forte esquema defensivo armado. E somente passaria pela cabeça daquele torcedor mais tradicional e que acompanha os multicampeões desde seu início que ela sobrasse nos pés de Diego Vettori. Dono da melhor saída de bola da equipe e destaque em muitas edições anteriores, o ala subiu pelo lado direito da defesa ao ataque e da intermediária ofensiva soltou o famoso canudo, cruzado e no canto esquerdo de Rodolfo, numa bola indefensável no ângulo superior esquerdo do arqueiro. 2 a 1.

Com a vantagem em sua posse, os veteranos não diminuíram o ritmo e a cada recuperação de bola e cobrança de tiro-de-meta, a equipe iniciava um rápido contra-ataque para tentar ampliar o marcador e definir a fatura. A equação, no entanto, não chegava a um resultado positivo por méritos do adversário, que não dava espaços para o domínio de bola, e por deméritos do próprio XI, em especial dos jogadores mais avançados, que deixavam a número cinco bater e voltar, num efeito bumerangue.

O XXVIduzir não poderia perder essa baixa de seus experientes adversários no jogo e o fez para empatar o jogo. Com a precisão dos passes que distribuía durante o jogo até então, Katsumi recebeu passe na intermediária ofensiva e desferiu forte chute, idêntico ao de Vitor na primeira etapa só que no canto superior direito do arqueiro ónzimo, para igualar em 2 a 2 a partida.

E o desequilíbrio momentâneo foi mais prejudicial ainda para os ‘orange-noir’, já que, no contra-ataque seguinte sofrido, Vitor Cândido aproveitou a desatenção da defesa em sua recomposição e, antecipando-se a eles, recebeu a bola na frente e tocou cruzado na saída de Felipão para ampliar o marcador. 3 a 2.

A parada brusca e inevitável para um tempo técnico foi a única solução encontrada para tentar estancar a perda do controle do jogo e buscar reestruturar a equipe. Atentou-se para a disposição tática inadequada, com a incapacidade de se manter e/ou dominar os passes dados e mesmo a subida dos fixos ou alas sem a ocupação de suas funções por outros atletas.

Como ainda faltava um tempo razoável para o fim da partida, os ‘nerancieri’ sabiam que necessitariam atacar para, pelo menos, empatar o jogo, já que se sabia que o IPM estava vencendo o seu jogo na quadra ao lado.

E não poderia ter sido de outra forma a reação veterana, que se incumbiu de não deixar o ritmo cair, mas se assegurando de não deixar a defesa tão transponível como ficara em alguns momentos do encontro.

E, mais uma vez, para resolver surgiu Carlão, que aproveitou uma bola recebida na área do XXVIduzir para girar e chutar cruzado no canto direito de Rodolfo e empatar a partida. 3 a 3.

As emoções, contudo, não pararam por aí, porque houve tempo para o XI cometer algumas faltas e sofrer outros. Minutos que visualizaram o desentendimento de Katsumi com Diego e o amarelo recebido pelos dois depois de uma troca de empurrões mais ríspida.

Mas, no fim, o placar não sofreu mais alterações e resultou na classificação dos veteranos e na eliminação dos calouros. A surpresa tida por todos, ao verem a tabela final, com o resultado da outra partida, foi o empate no número de pontos e no saldo de gols entre os ónzimosalcoolianos e a ‘Matilha Prateada’. Ambos somaram sete pontos e seis gols de saldo, mas os multicampeões assinalaram 21 gols contra 17 dos eternos vice-campeões, terminando assim, respectivamente, em segundo e terceiro lugares, atrás dos líderes da Esquadrilha Abutre.

Com o sorteio realizado na sexta-feira seguinte, 06 de maio, definiram os confrontos para a fase seguinte e o adversário dos ‘orange-noir’ serão os bicampeões do Bento XVI, sem a garantia da presença do matador Ian, atualmente morador da capital paulista. O clássico marcado para as 11 horas do dia 15 de maio será simultâneo a partida entre XXiitas e MaXIXe e ambas precederão XoXota e IPM e Esquadrilha Abutre e 171.

A expectativa, portanto, cresce com a subida de produção de equipes que não faziam bons papeis nos últimos torneios, como os Abutres e o XI com Álcool, e a queda de rendimento do Bento XVI e 171. Promessa de disputa acirrada no fim de semana.

Formações:

XI com Álcool: Felipão, Victor Hugo, Diego, Thiago Cançado e Carlão. Entraram: Ramsés, Persa, Bruno Alencar e Leonardo.
XXVIduzir: Rodolfo, Maranaga, Pedro, Fernando Katsumi e Vitor Cândido. Entraram: João Vitor e Reserva 2.

Gols:
XI com Álcool: Carlão (2) e Diego
XXVIduzir: Vitor Cândido (2) e Fernando Katsumi

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