domingo, abril 13, 2008

CSAPÃO 2008 Apertura: XI com Álcool estréia atropelando Black Jack


Na manhã de hoje, o XI com Álcool, atual campeão do CSAP, estreou na edição de inverno ou CSAPÃO Apertura de 2008 com uma goleada convincente e um futebol que não apresentava em reinícios há bastante tempo.

A partida de abertura da temporada para os orange-noir deu-se contra os calouros do primeiro período, alunos do XXI CSAP, defendendo a denominação Black Jack. Por sinal, cabe ressaltar que as últimas equipes a serem criadas para as disputas dos certames tem procurado relacionar seus nomes às turmas que representam. Assim, lembremos das três últimas, Maxixe, XIX CSAP, Xoxotas, XX CSAP, e Black Jack, que quer dizer vinte e um na semântica dos jogos de azar.

Com pouquíssimas referências acerca do potencial de seus adversários, o XI com Álcool precisou, na preleção, preocupar-se prioritariamente consigo mesmo. Os adversários poderiam muito bem o desempenho dos representantes do XI CSAP, os Galáticos, que produziram dificuldades para seus oponentes desde sua primeira participação no primeiro semestre de 2005. Embora, um detalhe diferenciasse desde um momento prévio as duas formações. O cuidado por se elaborar e confeccionar um uniforme havia sido considerado pelos negros, enquanto os recém-chegados csapianos tenham repetido uma marca nada louvável de disputarem seu primeiro torneio com camisas de mesma cor mas que nem de longe lembram uniformes.

Como apenas se sabia que o camisa número seis do Black Jack era o principal jogador de seu time e nada mais, Persichini, camisa 10 e capitão, chamou a atenção para não haver erros nas substituições, cada atleta deveria revezar com alguém de sua posição, e para o posicionamento acertado na última temporada e que deveria se repetir, ou seja, um fixo, dois alas e um pivô.

A presença de oito dos quatorze inscritos não foi um obstáculo para a equipe que, embora em início de competição, fizera duas partidas anteriores em seu centro de treinamentos (Centro Esportivo São Vicente) e começara a readquir a boa forma.

A partida esteve durante todo o seu decorrer sob domínio dos orange-noir, que perderam algumas chances logo no princípio do confronto, principalmente com o pivô Leonardo, mas abriu o marcador após finalização desse último que explodiu no arqueiro e no fixo adversários e entrou.
Pouco depois, Marcus Professor Eugênio ampliou o marcador para dois a zero em chute cruzado no qual não restaram recursos para o goleiro.

Após conseguir essa vantagem, no entanto, o XI com Álcool desconcentrou-se um pouco, para o que colaborou bastante a atuação sofrível do árbitro que insiste competição após competição em assinalar infrações inexistentes e punir com cartões amarelos em lances que não mereciam esse rigor. O resultado dessa intranquilidade foi o primeiro gol do Black Jack em chute cruzado da esquerda que atingiu as redes do guarda-metas Felipão.

Dessa vez, os bicampeões não sentiram, como em partidas anteriores, o gol sofrido e partiram novamente para cima com todo o ímpeto que se desejaria de um time com retrospecto tão positivo. Ângelo Minardi, recuperado da fratura que o afastou das quadras após a primeira partida do último torneio e em ótima forma física, marcou dois tentos em seguida. No primeiro, disparou de longa distância e vazou o goleiro adversário pela terceira vez e em seu segunda finalização que resultou em gol, deu um sutil toque sobre o arqueiro e assinou a obra-prima.

Nesse ínterim, Mário Neto já havia retornado às quadras csapianas e vestido pela vez primeira a camisa número sete do XI com Álcool, fato novo na carreira do cuiabano que passara dois anos na Europa em estudos de aperfeiçoamento profissional e que saíra do país como estrela consagrada do XI de Setembro. Embora não tivesse anotado nenhum gol, Neto desempenhou na partida uma função fundamental no ataque, ao atuar como um pivô de fato, segurando a marcação na linha avançada e servindo de parede para a chegada dos alas finalizando. Comentou-se, com precisão, que ele readquirá ritmo de jogo em breve e conseguirá correr por mais tempo em quadra daqui a alguns finais de semana.

O cidadão do Mato Grosso saiu após o quarto gol para a entrada novamente de Leonardo, que, em uma manhã demolidora, anotou o gol ao trocar passes com o maestro Eugênio e receber passe embaixo das traves para empurrá-lo para o fundo das redes. Na seqüência, ainda na metade inicial, Eugênio, ao cobrar escanteio, deu mais uma assistência a Leonardo, que enfiou o pé da entrada da área em chute que atingiu o gol por entre a trave direita e o goleiro. E para coroar um primeiro tempo excelente para o XI com Álcool, Diego Vettori, craque de longa data, avançou pela esquerda e assistiu o pivô que marcara os dois tentos anteriores para que fizessem mais um chute forte, de fora da área, alto e no meio do gol, sem chances de defesa. 7 a 1.

Houve tempo, no entanto, para o Black Jack cobrar tiro dos 10 metros, em decorrência da sexta falta marcada pelo árbitro, e diminuar a desvantagem.

O intervalo não diminui o ânimo do XI com Álcool, que sabia precisamente que uma boa estréia era fundamental e que havia peças de reposição para serem utilizadas e evitar desgastes físicos desnecessários.

Com isso, o segundo tempo começou bem para os orange-noir que não demoraram a retomar o caminho do gol, após seguir trabalhando bem as trocas de passes desde a saída com o pivô Adriano, futuro ex-noivo no dia 03 de maio, e seguro na defesa onzealcoolica. Para aumentar o placar, apareceu novamente o vice-artilheiro do CSAPÃO Clausura 2007, o Professor, implacável, para fazer o 8 a 2. O nono gol veio de um lance inusitado em que o goleiro lançou a bola no meio da quadra sem muito cuidado e Diego Vettori acertou de primeira para as redes adversárias.

Percebe-se que o adversário ainda tentava esboçar alguma reação, mas a superioridade alheia era tamanha e os erros cometidos por eles nas saídas de bola e lançamento equivocados que paravam na rede superior os impediam de alcançar melhor resultado.

O ataque arrebatador seguiu implodindo a defesa que lhe aparecia pela frente mais três vezes, duas com Leonardo, a primeira em passe da direita que ele só precisou escorar para as redes e a segunda em chute despretensioso que arriscou da intermediária e o goleiro aceitou, e uma com Ângelo em violento chute da entrada da área para marcar o 12°.

A partir daí, novo momento de desconcentração do XI com Álcool e o sofrimento de três gols quase que em seqüência. O primeiro fruto de troca de passes adversários e os outros dois em cobranças de falta cometidas após a quinta coletiva. Mais uma vez, méritos para o juiz que persistiu na marcação de faltas inexistentes.

Final de partida, XI com Álcool 12 x 5 Black Jack.

Apesar da vitória, o XI com Álcool precisa atentar mais para evitar cometer infrações desnecessárias, três dos cinco gols sofridas saíram de cobranças de faltas, o que deve acontecer com a melhora do preparo físico no decorrer da competição.

No mais, os augúrios para essa campanha são os melhores desde a incipiente temporada 2006, ano de fundação e do primeiro título da nova formação. A base está formada, o risco de W.O. é cada vez mais remoto, as posições estão definidas e o futebol jogado está em um patamar elevadíssimo. A perspectiva é de uma consistência poucas vezes vista e que deverá ser confirmada se se quiser alcançar o tri-campeonato, o que o colocaria como o maior vencedor em atividade do CSAPÃO, deixando para trás a Esquadrilha Abutres, campeão de 2000 e 2007 Apertura.

Sinal de que a estréia foi deveras positiva, até a foto há tanto esperado por Mário Neto na França nos últimos dois anos foi sacada, como puderam ver no corpo desta matéria.

Quem quiser colaborar para que esse boletim continue chegando a suas caixas de e-mail, gentileza contribuir como fez nosso colega e arqueiro Felipão e levar câmera fotográfica para o próximo prélio, para tenhamos material para preencher e ilustrar o texto.

O próximo embate, conforme a tabela se dará contra o Maxixe, que estrearia hoje após nossa partida contra o IPM, e será realizada, provavelmente, daqui a duas semanas.

Bom recomeçar e avante com ganas de vencer sempre,

Leonardo DR (Doctor) Silva