domingo, setembro 26, 2010

Orange-noir vencem alviverdes do MaXIXe para derrubar tabu

A 4ª rodada do Clausura 2010 já prometia o início de algumas definições, especialmente se as equipes que apresentavam as melhores campanhas confirmassem seus retrospectos e disparassem na ponta da tabela rmo à classificação.

No Grupo A, os Deztemidos, com nove pontos, enfrentariam o MeiaNove, com seis pontos mas um jogo a menos. A vitória de qualquer uma das equipes reforçaria seu papel de candidato a uma das quatro vagas. O XoXota, com 7 pontos, caso alcançasse os três pontos no cotejo desta manhã contra o XXVIduzir carimbaria quase definitivamente seu passaporte à fase seguinte.

Um jogo que não garantiria ninguém na etapa seguinte do torneio, mas que poderia significar um adeus precoce às aspirações de permanecer na disputa, aconteceria entre o MaXIXe e o XI com Álcool. Ambos sem nenhum ponto até o momento, duas derrotas em dois jogos e saldo extremamente negativo, -8 para o primeiro e -12 para o segundo. Até um empate poderia arrefecer os ânimos de ambas as agremiações no esforço de recuperação.

O encontro da rodada reuniu duas equipes com momentos distintos na história csapiana, o que pode ser comprovado, inclusive, pelo retrospecto de confrontos diretos. Após quatro partidas entre ambos, são duas vitórias para cada lado. Em 2008, a vantagem ficou por conta dos nerancieri com o 12 a 3 no Apertura e o 7 a 1 no Clausura. A coisa começou a mudar no Clausura 2009, quando a esquadra maxixense venceu por 8 a 7 e persistiu no Apertura 2010, com mais uma vitória, agora por 6 a 4.

Para o embate decisivo, os representantes do XIX Csap só não puderiam contar com Rafael 'Rafa' Marques, que, ainda assim, compareceu à quadra e permaneceu no banco de reservas da equipe. Os veteranos não sabiam exatamente quem estaria presente a até poucos minutos antes do início deste prélio. Mas na hora de rolar a bola conseguiram contar com seis nomes e mais um que chegaria no decorrer da partida. Para iniciar o jogo, postaram Felipão, Adriano, Diego, Leonardo e Carlão. Lott ficou a postos para a troca na ala e, depois, também Persa apareceu para reforçar a equipe.

Os orange-noir se organizaram para trabalhar bastante com o pivô e buscar a aproximação dos alas, visto que era um jogada que vinha sendo esboçada na partida anterior e que começara a apresentar resultados positivos. Por isso, acionar Carlão e aparecer para a conclusão podia ser uma ótima alternativa, assim como a possibilidade de se implementar a marcação meia-quadra que foi bem sucedida em oportunidades anteriores.

Como a marcação dos alviverdes não era tão incisiva no ataque, a partida começou com o XI com Álcool buscando trabalhar a bola em seu setor defensivo e, como acertado previamente, buscar seu jogador mais adiantado para a construção de suas jogadas mais perigosas. Essa forma de iniciar os ataques combinava com o que tem feito o arqueiro Felipão, que tem se sentido, momentaneamente, mais à vontade em sair a bola com os companheiros que estejam mais próximos.

Na saída de bola do MaXIXe, a pressão veterana era exercida por Carlão e por Leonardo, que avançava um pouco mais para fechar as possibilidades de distribuição de bola do goleiro João Gabriel. E a marcação pressão deu resultado em pouco tempo, quando Diego roubou uma bola no meio campo e disparou uma paralelaça no canto esquerdo e abriu o marcador. 1 a 0 e o primeiro jogo no atual torneio em que saíam em vantagem no marcador. No entanto, nada que servisse de alívio, já que no Apertura 2010 a história começou da mesma forma e o placar final não foi nada positivo.

Assim, os veteranos continuaram com o mesmo ímpeto e Carlão exercia bem seu papel de pivô, aparando as bolas e preparando as jogadas no meio da quadra para quem aparecesse em condições de finalizar. Mais importante ainda, foi a capacidade do atleta, que se apresentou com resquícios da febre que o acometera em decorrência de uma gripe, de voltar para marcar, sempre que necessário, e inverter posição em seguida para voltar a ser referência na frente.

E mostrando que a tão decantada jogada era, de fato, eficaz, ele recebeu na direita do ataque e tocou para Leonardo, na frente da área. O ala ajeitou para a perna esquerda e, chutou, cruzado por baixo das pernas de um adversário, acertando o canto esquerdo do arqueiro adversário e ampliando o marcador. 2 a 0.

Finalmente, a equipe havia encontrado uma maneira de se impor em quadra e para tentar criar oportunidades de gol, o MaXIXe passou a usar uma tática semelhante ao saque-voleio do tênis. João Gabriel passou a buscar, invariavelmente, o pivô Xicão na entrada da área adversária, mas a defesa bem postada do XI com Álcool estava atenta e se antecipava a todas essas jogadas. Com isso, os calouros se decidiram por uma parada técnica para acertar a equipe.

Após o curto intervalo, eles resolveram modificar um pouco essa característica de jogo que havia ficado muito clara. A alternativa passara a ser o toque de bola no chão com a participação do pivô em uma das pontas da área e entrada em diagonal de um dos alas. Tentaram-na uma, duas vezes, mas o gol veio mesmo em uma saída de bola com dois atletas alviverdes contra um marcador adversário. Com um deles livre, ele experimentou um tirambaço de trás do meio campo e meteu uma curva na bola, atingindo o canto superior direito de Felipão e diminuindo a desvantagem para 2 a 1.

O gol, entretanto, não refreou os ânimos dos nerancieri, que não diminuiram seu espírito agressivo, afinal, por mais que eventualmente façam diferente, sabem atuar para buscar mais e mais gols. Algo similar ao Cruzeiro de Cuca e o Santos de Dorival Júnior, ambos em 2010.

Uma das investidas proporcionou um escanteio pela direita para os veteranos, cobrado por Leonardo para Carlão, ávido por assinalar seus tentos, receber e chutar no canto esquerdo, entre o arqueiro e a trave, para ampliar a vantagem para 3 a 1.

Com o domínio do jogo, os multicampeões conseguiam ofuscar um pouco as deficiências que ainda apresentam em razão do ritmo de jogo que recomeçaram a ter. Armas como a velocidade de Lott foram empregadas para conferir mais agilidade nos toques na meia-cancha. Mas, contrariando a lógica do time descrita logo acima, Leonardo recuou para auxiliar na saída de bola e o time foi se movimentando ligeiramente para dar um possibilidade para receber a bola. Da mesma forma, os adversários se mexiam, deixando a marcação mais frouxa do que poderiam permitir. Numa dessas descoladas, os três marcadores que tentavam fechar a opção Carlão avançaram mais do que o necessário e o ala que estava com a bola deu um passe em diagonal pela esquerda para o pivô que não perdeu a oportunidade de finalizar apenas diante do goleiro e ampliar para 4 a 1. O placar marcou o fim da primeira etapa e uma tranquilidade momentânea para os ónzimos-alcoolianos.

A conversa da equipe multicampeã no intervalo foi uma das mais calmas e racionais dos últimos tempos, afinal a equipe estava apresentando exatamente aquilo que se esperava dele e o importante era continuar repetindo o que demonstrava até a virada de quadra.

Os maxixenses, por outro lado, teriam que vir com tudo para tentar pelo menos um empate. Caso contrário, as chances de voltar a ser semifinalista como no Clausura 2010 esvair-se-iam ao final do certame deste domingo.

No ínicio da segunda metade, os orange-noir voltaram a pressionar e alternar ataques com seus adversários. Mas as investidas alviverdes tornaram-se mais efetivas, principalmente pelo lado direito da defesa laranja e negra, cuja marcação já não se encontrava tão bem como na etapa inicial. O castigo veio em um ataque de Skal que subiu e chutou cruzado pela esquerda, matando Felipão e diminuindo para 4 a 2.

Não haveria nada para desestabilizar a equipe à frente do marcador, pois os dois gols deveriam dar um refresco para tentar voltar a atacar. Mas não foi exatamente isso que aconteceu e o ágil Samuel, um inferno na segunda metade do jogo, partiu para cima de Adriano e chutou a gol da intermediária. A bola desviou no fixo e Felipão ainda chegou a tocar na bola quando caía para tentar a defesa, mas não conseguiu evitar o terceiro tento maxixense. 4 a 3.

A bola parecia que queimava ao passar pela defesa da equipe e as saídas de bolas convertiam-se em perigosas possibilidades de sofrer gols. Por alguns instantes, uma espécie de equilíbrio voltou a ter lugar na quadra e os veteranos pararam de cometer erros inacreditáveis. Mas o sistema defensivo, composto não apenas por aqueles responsáveis por defender a equipe, abriu e permitiu que Skal recebesse na frente da área e chutasse na saída de Felipão, no canto direito, para empatar a partida. 4 a 4.

Para tentar mudar alguma coisa, Persa entrou para atuar de pivô e voltar a proporcionar uma referência para as saídas de bola da equipe. Um polivalente em quadra, ele que costumava atuar como fixo nas participações anteriores, não esteve tão bem na posição, deixando escapar aquele a quem marcava no ataque por mais de uma vez. Mas, pode-se atribuir essa dificuldade também ao momento do jogo, que não era o mais apropriado para uma inovação.

O XI com Álcool, no entanto, voltou a levantar a cabeça e se acertar em quadra, porque o empate era um resultado horrível para eles. A troca de bola voltou a acontecer no ataque, com a movimentação de bola promovida por Diego, um monstro do futsal csapiano, que briga para voltar a ser o craque que encantou uma geração. E ele mesmo contribuiu para que a equipe reassumisse a ponta do marcador, ao aproveitar bola na intermediária e chutar sem defesa para João Gabriel. 5 a 4.

O domínio da partida não voltara a ser completamente veterano, pois os calouros contaram pouco depois com duas chances, uma delas em cobrança de escanteio, que não passou longe da trave nerancieri. Mas se Deus ajuda a quem cedo madruga, os ónzimo-alcoolianos persistiram na busca por ampliar a vantagem e encerrar a contagem. Assim, Lott recebeu marcado no lado esquerdo do ataque e girou para Leonardo, que se encontrava na entrada da área reival. O ala só teve tempo para chutar, por entre as pernas do arqueiro adversário, e vê-la encaminhar-se sofregamente para as redes. 6 a 4 e tempo encerrado.

Os orange-noir encerravam uma escrita de não vencerem há mais de um ano os alviverdes e acenderam a chama da esperança de alcançaram pela quarta vez em cinco competições a fase de quartas-de-final. Para continuar na disputa, o próximo encontro será contra a sensação Meia Nove, no dia 17 de outubro, ao meio-dia. Então, as duas semanas de interrupção em razão das eleições e do feriado de N. Sra. Aparecida servirão para manter a forma e o foco na retomada dos bons tempos.

Deztemidos vencem XI com Álcool e prorrogam angústia de seus calouros

O encontro entre duas das equipes mais veteranas do Csap, Deztemidos e XI com Álcool, surpreendeu pelo pequeno número de gols, mas reiterou a expectativa de que seria uma partida disputada e decidida por um placar mínimo. De um lado, a equipe da décima turma buscando confirmar sua campanha vitoriosa no atual torneio e alcançar sua terceira vitória. Do outro, os nerancieri com o intuito de se recuperarem da sofrida derrota em sua estreia no torneio.

Novamente atuando com seus uniformes vermelhos, os campeões da Copa Csap 2005 entraram em quadra com André (Andy), Otávio, Diniz, Diogo e Rafael Falce. Já os multicampões alinharam Felipão, Adriano, Ramsés, Diego e Carlão.

À formação do XI com Álcool foi acrescentado o futebol de Ramsés, ausente na 2ª rodada, em substituição a Leonardo que começou no banco e revezaria com Carlão na função de pivô. Com isso, a esperança era de que a equipe ganhasse na saída de bola, uma problema que deixou-os preocupados contra o XoXota.

E, de fato, o jogo disputado a partir das 11 horas do domingo, 19 de setembro,  foi muito mais equilibrado do o que da semana anterior e os ataques foram mais alternados. Do lado orange-noir houve uma maior guarda de posições e um menor erro tático, sendo mais utilizada a jogada do pivô. pelo arqueiro Felipão. No entanto, persistiram problemas contumazes como a lenta saída de bola e falta de aproximação com o pivô para fazer o um-dois.

A abertura do placar saiu em jogada em que Carlão marcava Diogo próximo à lateral direita do campo de defesa e ambos caíram no chão. O pivô do XI com Álcool reclamou de falta cometida pelo adversário, mas o árbitro não teve certeza da infração e deixou a jogada seguir. Na sequência, o pequeno jogador dos Deztemidos finalizou cruzado no canto esquerdo de Felipão e abriu o marcador. 1 a 0.

Após o tento inicial os nerancieri buscaram o empate de forma incisiva, mas não conseguiram o empate na primeira metade do jogo. O equilíbrio imperou até que o árbitro encerrasse os vinte minutos incipientes.

Na segunda etapa, os multicampeões apostaram em uma parceria que tinha ótimas perspectivas desde que houvesse um respeito tático entre os ocupantes de duas das posições. Com dois pivôs em quadra, Carlão e Marão, a equipe começou a atuar de forma pouco compacta, deixando os dois atletas de defesa distantes dos dois avantes. O ideal seria que, permanente ou intermitentemente, um dos que estivessem mais à frente desepenhasse o papel de ala a fim de aproveitar melhor as jogadas em que um deles fizesse o pivô e auxiliar na marcação. A indefinição sobre quem faria esse papel resultou no segundo gol dos veteranos. Em cobrança de escanteio do lado esquerdo do ataque dos 'reds' (ex-'blues'), Diniz surgiu desmarcado e disparou para o gol para anotar o 2 a 0.

Nesse momento, a preocupação passou momentamente pelas cabeças dos calouros do dia, porque aquele resultado representaria a segunda derrota em dois jogos. Mas, a necessidade faz os indivíduos se virarem e os perdedores provisórios saíram novamente em busca da recuperação. A recompensa veio nos pés de Carlão, indefensável para o goleiro Andy. A esse altura do jogo ainda faltavam oito minutos para o término, mas todo esse tempo, uma eternidade no futsal, não foi suficiente para alterar mais uma vez o marcador e o placar final ficou 2 a 1. Com o isso, o Deztemidos alcançou os nove pontos após duas vitórias pela diferença mínima e o XI com Álcool começou a colocar as barbas de molho depois de não somar nenhum ponto em seis possíveis. Na rodada seguinte, a 4ª, programada para uma semana depois, os mais veteranos encarariam o MeiaNove e os calouros confrontariam os algozes do MaXIXe.

Ficha Técnica:

Deztemidos: Andy, Otávio, Diniz, Diogo e Rafael Falce. Entraram: Rodrigo Bolinha, João Victor e Samir.
XI com Álcool: Felipão, Adriano, Diego, Ramsés e Carlão. Entraram: Édson, Leonardo e Marão.

Gols: Diogo (D), Diniz (D), Carlão (XI).