domingo, outubro 07, 2007

Superação é o nosso esporte

A superação de uma pessoa ou de um grupo delas é percebido nos momentos em que menos se espera, caso contrário acreditar-se-ia que basta continuar fazendo da maneira com a qual somos acostumados a fazer que é o suficiente.

O XI com Álcool experimentou um momento desses neste domingo, 07 de outubro de 2007, quando às 10 horas entrou mais uma vez em quadra na Tropical Academia para se apresentar ao grande público, embora a torcida por ele seja inexistente ou imperceptível e a rejeição que sofre dos adversários, em sua maioria, mesmo os calouros mais recentes, seja observável sem grandes esforços. O preço que se paga por ser o time mais vencedor da história do CSAP é, muitas vezes, caro, mas quem quer continuar vitorioso tem de saber lidar com esses obstáculos. No caso, uma das iniciativas que poderiam ser adotadas seria a divulgação prévia dos seus jogos com data e horário a fim de atrair eventuais admiradores do atual líder do Grupo 2 do CSAPÃO 2007 – Clausura.

Voltando ao certame válido pela 4ª rodada da 1ª fase (o time folgou na 3ª rodada após vencer o Sexta Feira XIII, por 9 a 5, na 1ª rodada e o Bento XVI, por 6 a 2, na 2ª), os problemas começaram logo após a partida anterior. A tentativa de Marcus ‘Professor’ Eugênio de antecipar o duelo com o Piqueteam para o último fim de semana, para aproveitar as presenças de Carlão e Guilherme em Belo Horizonte e a sua própria presença naquela data, não obteve êxito e a tabela foi mantida conforme estabelecida após o abandono do Atecubanos antes do início da competição.

Com a derrota sofrida nos bastidores da bola, o XI com Álcool sabia de antemão que não poderia contar com o ‘Agente Feijó’, de volta a Goval para desempenhar suas funções da PF, com o petroleiro Guilherme, atracado nos escritórios cariocas da maior multinacional brasileira, com o tesoureiro Édson Silveira, sem condições de se deslocar da capital federal. Um dos artilheiros da equipe até a 2ª rodada com 4 gols, o Professor precisou atender a compromisso pré-agendado pela comemoração de suas bodas de 24 (está correta a data?) anos no município de Bonfim, do questionado prefeito Ermir Fonseca. E Ângelo Minardi, mesmo com a sua disposição de comparecer à quadra para que a equipe não fosse penalizada com a perda de pontos pela confirmação de WO, seguia contundido com uma fratura, segundo o próprio, sofrida no confronto com o Bento XVI. Observem que até aqui já contamos cinco desfalques.

Além dos citados acima, acrescentemos Bruno Alencar, também contundido, segundo informações passadas por ele em e-mail há algum tempo (Alencar, quando estará de volta às quadras CSAPIANAS?). André Barrence é outro que está em processo de recuperação de contusão sofrida no joelho e que ainda não disputou nenhum jogo na atual competição (Dedé, quando estará de volta às quadras CSAPIANAS?). E, por fim, o último desfalque foi confirmado às 7 horas e 15 minutos da manhã de hoje, Felipão, o único goleiro assim inscrito no CSAPÃO para o escrete orange noir informou-nos da sua impossibilidade de comparecer. Mais tarde ficamos sabendo tratar-se de problemas familiares, que quem quiser mais detalhes deverá procurar com o mesmo.

Sem oito integrantes, restou ao XI com Álcool improvisar para suprir as carências e encarar como pudesse o Piqueteam, adversário que nunca infligira derrota alguma ao extinto XI de Setembro (não podemos falar do também extinto Proalcool por não dispormos de dados registrados dos confrontos entre ele e o time do XII). Restava ainda um certo ar de revanche pelo empate conseguido na primeira fase do CSAPÃO 2006, em 3 a 3, o primeiro de toda a história do duelo de ambos e que ficou marcado pelo incrível gol contra marcado pelo Max.

Com Adriano no gol, Felipe Rocha atuando de fixo, Diego como ala defensivo e Leo Diniz e Persichini trocando posições na frente e sem contar com reservas os orange noir não se intimidaram e entraram em busca da terceira vitória e da consolidação da liderança.

O que aconteceu foi a concretização do melhor dos cenários que poderiam ter sido traçados por quaisquer economistas minimamente competentes. O XI com Álcool não tardou para abrir o placar com o belo sem-pulo de Leo Diniz, mas também não demorou a sofrer o empate. Sem esmorecer e mantendo a cabeça em pé, como tem sido pedido sempre nas preleções e conversas nos intervalos, eles partiram novamente para cima do time do XII e desempataram após a bola sobrar na entrada da área para Leo Diniz que chutou de primeira. E ainda antes do fim da primeira etapa, ampliou o marcador para 3 a 1 em bela jogada costurada pelo fixo Felipe Rocha, que utilizou de toda sua habilidade para aplicar uma série de dribles e concluir a gol.

Para a segunda etapa, os orange noir voltaram com a mesma disposição, mesmo com uma arbitragem que, embora não estivesse tendenciosa a apitar a favor de nenhum dos dois times, não era capaz de coibir algumas jogadas mais duras, como trancos ilegais, puxões e empurrões e que tornou-se refém da argumentação de um certo capitão que reclamou com ela durante toda a partida.

No início da etapa complementar, Adriano, o goleiro improvisado que colaborou decisivamente para a vitória que se apresentaria ao final, com defesas incríveis e saídas providenciais, saiu driblando pela faixa central da quadra até finalizar com vontade da entrada da área adversária. 4 a 1. Em uma bobeira da marcação, o XI com Álcool levou o segundo gol do Piqueteam, quando Pedro Bruno marcado por apenas um atleta conseguiu colocar um chute entre este e o goleiro. Porém, o susto acordou os mais veteranos, ou mais velhos como outrora afirmou um adversário, e Leo Diniz em chute cruzado do lado esquerdo da área vazou o goleiro Max marcando o 5º gol embaixo de suas pernas e Diego Vettori, ao receber cobrança de escanteio do capitão Persa, chute muito bem um cruzado em que a defesa adversária não teve nem como se mexer. O 6 a 2 pode ter dado uma tranqüilidade para o time da ‘mistura que vai dor de cabeça’ (Persa, estamos esperando a postagem nesse blog da versão que deu origem ao slogan) e também despertado a motivação dos mais recentes EPPGGs do Estado, que marcaram duas vezes com o tanque Luiz, um emérito faltoso da partida. Se o 6 a 4 preocupou por alguns instantes, não muito porque a partida encaminhava-se para o seu término, Adriano soube realizar dois excelentes lançamentos que terminaram em gols de Leo Diniz. O primeiro, o avante recebeu após o meio-campo, deu um toque para ajeitar e enfiou o pé numa bola que passou novamente por baixo das pernas de Max e no segundo finalizou no ar, deixando o arqueiro adversário estático. 8 a 4 e terceira vitória por quatro gols de diferença em três jogos.

“O XI com Álcool entrou determinado e todos assumiram a responsabilidade de jogar tudo o que poderiam nessa manhã”, definiu com precisão a real razão para o time ter se encontrado tão bem em quadra Felipe Rocha. O auditor e capitão Gustavo Persichini afirmou que o maior campeão do CSAP jogou hoje mais do que se poderia esperar nas circunstâncias em que se encontrava e essa foi a razão do sucesso.

Agora é aguardar o próximo jogo, no domingo 21 de outubro, contra a Esquadrilha Abutres, atual campeã e que se encontra em fase bem aquém da alcançada em dias anteriores.

P.S.: Quem estiver na lista do futebolcsap (eu não estou) e tiver a tabela atualizada do campeonato nas duas chaves, gentileza postar no blog ou encaminhar por e-mail para que possamos disponibilizá-la a todos no endereço institucional do XI com Álcool.

Marão, ainda não foi dessa vez que tiramos a foto do novo uniforme, mas o XI com Álcool se compromete a obter essa imagem histórica na próxima partida.