domingo, novembro 07, 2010

Orange-noir vencem e convencem contra os Galáticos, mas não levam a vaga

Depois dos dois últimos resultados dos orange noir não comentados por este Blog, as informações sobre a equipe são retomadas no confronto decisivo contra os Galáticos realizado neste domingo, às 11 horas, na Tropical Academia.

Após a derrota para os líderes de sua chave, o MeiaNove, por 12 tentos a 10, em partida válida pela 5ª rodada, disputada no dia 17 de outubro (ver mais informações ao final deste post), e da vitória creditada por 1 a 0 sobre o XXVIduzir, na 6ª rodada, em 24 de outubro, pela eliminação dos calouros fruto do W.O. contra o MaXIXe na rodada anterior, os veteranos atletas se prepararam física e mentalmente para decidir a vaga na última oportunidade que lhes restava.

A primeira providência da manhã era a de torcer por uma vitória por ampla margem de gols do XoXota contra os concorrentes diretos, os Deztemidos. Antes do início da 7ª e derradeira rodada, o time do X Csap apresentava 9 pontos e -2 de saldo contra 6 pontos e -11 de saldo do XI com Álcool.

A torcida pela 'Salmão Endiabrado' foi relativamente bem sucedida, já que os tricampeões venceram sua partida por 11 a 6, diferença que poderia ter sido maior. Talvez tenha contribuído para a 'exígua' vantagem o fato dos representantes do XX Csap já estarem previamente classificados e buscando apenas confirmar o segundo posto na chave.

Com o resultado, os nerancieri teriam como missão vencer os Galáticos por 4 gols de diferença para avançar às quartas-de-final ou encerrar a primeira fase em quinto no Grupo e repetir o desempenho obtido no Apertura 2009, quando também não ultrapassaram a fase preliminar.

A disputa, no entanto, não dava indícios de que seria fácil, mesmo porque, pelas informações obtidas durante a semana, ambos entrariam com apenas os cinco homens necessários para dar início à partida, não contando, portanto, com nenhum reserva para propiciar o revezamento.

O XI com Álcool, com 12 atletas inscritos, contou com toda a sorte de adversidade para não poder contar com sete de seus nomes. Em viagem, Bruno e Diego não puderam comparecer, mesma razão para a ausência do pivô Carlão, em Foz do Iguaçu, e Felipão, no andino Peru. Édson necessitou permanecer na capital federal e somou mais um atleta a menos. Ramsés estava escalado para acompanhar o francês David Guetta, em Santa Luzia, mas, mesmo com o cancelamento do show pela chuva ocorrida ontem, não confirmou presença. E, por fim, Thiago 'RC' Cançado, recuperando-se de cólica renal, não pode fazer sua tão falada e adiada estreia.

Dessa forma, postaram para o duelo, Mário, no gol, Adriano, Lott, Leonardo e Persa, pelos orange-noir. Pelos antes "All Blacks" e agora "All Whites", no rolar inicial estavam presentes Tulin, Marcus Vinícius, Rauen, X e Dudu.

As partidas dos veteranos multicampeões como, de costume, nunca começam em banho-maria, seja para o bem ou para o mal. Um time que, principalmente no início do Clausura 2010, mostrou que precisa aperfeiçoar seu sistema defensivo, mas que apresenta um ataque fulminante. E essa antítese rapidamente foi expressa contra os Galáticos.

Nos primeiros minutos, os estudos habituais e a alternância na posse de bola. Até acertar bem a marcação, os nerancieri cometeram algumas faltas. Ainda que não fosse o guarda-metas da equipe, Mário tentava orientar a barreira quanto ao posicionamento, já que Luís Rauen sempre se destacou por um poderoso chute. Mas a armação dos dois homens solicitada pelo arqueiro não foi o suficiente para parar o disparo do nômade jogador cspiano, que cobrou forte no ângulo esquerdo superior para abrir o marcador. Galáticos 1 a 0.

O gol não poderia, de forma alguma, abater os multicampeões, pois não havia outra forma de buscar a classificação que não a virada no placar e em grande estilo. Então, o que lhes restava era fazer o que havia sido combinado antes da partida. Neste dia, independente do erro que o companheiro cometesse, o fundamental era incentivá-lo para elevar o moral de cada um.

Com esse espírito, deu-se a reposição de jogo e iniciou-se uma sucessão de ataques ónzimo-alcoolianos. Em uma dessas chances, a equipe conquistou um escanteio, que foi cobrado para o arqueiro Mário. A jogada era amplamente utilizada quando se lançava mão do gol-linha, o que não foi o caso do embate de hoje, mas sua utilidade era muito grande em se tratando de um jogador de linha, um pivô, exercendo a função de arqueiro. O camisa 1 desferiu um violento chute de trás do meio-campo e, após a bola ainda desviar em um adversário, sem mudar sua trajetória, balançou as redes. 1 a 1.

Nesse momento em que o jogo já mostrava suas emoções latentes, os Galáticos já contavam com o goleiro Léo, que havia chegado um pouco depois, e o fixo Diego, aguardava, no banco de reservas, para dar sua contribuição à equipe.

A pressão do XI com Álcool, então, assumiu ares sufocantes, graças, principalmente, à agilidade de Lott e Leonardo nos contra-ataques e à boa capacidade de Persa que, embora escalado como pivô, voltava para complementar os espaços nas alas quando das subidas dos companheiros. E foi assim que buscaram a virada no placar. Lott recebeu bola na direita pelo ataque e ganhou do adversário na corrida, tocando a bola na entrada da área para Leonardo. O camisa 14 nem ajeitou e, de primeira, finalizou de perna direita no meio do gol para fazer 2 a 1.

A vantagem, no entanto, não arrefeceu os ânimos dos "All Whites" que, ainda que previamente classificados, não queria, de modo algum, perder a partida considerada um clássico csapiano e que já decidiu Csapões em anos de antanho. As saídas de bola ficavam a carga de Marcus Vinícius e de Luís Rauen que, após dar o primeiro passe, posicionavam-se para recebê-la mais à frente. Numa saída bem sucedida, a bola sobrou para Marcus na área aproveitar o rebote da defesa de Mário e empatar o jogo. 2 a 2.

O arqueiro confirmaria após os quarenta minutos que sentira um leve abalo na confiança após sofrer os dois gols. E essa confiança declinaria um pouco mais minutos após o empate, já que em ataque que sobrou para o mesmo Marcus, no mesmo lado direito da quadra, o goleiro orange-noir aceitou um chute sem muita força e de fora da área, concedendo, assim, o 3 a 2.

Parecia, àquela altura, que os veteranos, mesmo sem reservas, não teriam como se poupar em quadra, já que o resultado não os vinha favorecendo até ali e não conseguiam se manter à frente do placar a fim de poderem trabalhar a posse de bola com mais tranquilidade antes de se aventurarem ao ataque. E, como não tinham outra escolha, rumaram para tentar mudar os números do jogo. As trocas de bola no campo de ataque eram rápidas e razoavelmente bem sucedidas, mas para driblar a marcação era preciso, justamente, dos dribles, das jogadas inesperadas. Leonardo aproveitou para colocar em prática aquilo que vinha apresentando nos sábados pela manhã nas quadras do Bonfim, dribles e finalizações desconcertantes. Assim, ele recebeu na direita, encarou a marcação de Diego a uma certa distância, puxou para a esquerda e com a canhota chutou no encontro do 'v' do poste esquerdo de Léo. A pelota bateu lá e caiu nas redes. 3 a 3, resultado do primeiro tempo.

O intervalo serviu para deixar claro para os nerancieri que o que precisariam desenvolver no jogo, no retorno para o segundo tempo, era justamente aquilo que fizeram na metade inicial e, principalmente, finalizar mais a gol, já que as tentativas realizadas foram bem sucedidas.

E a volta para o último tempo não se deu, como já se poderia esperar, em versão low profile. Se restavam apenas vinte minutos para retirar uma diferença de quatro gols, a única coisa a fazer era buscar a meta adversária. O rival, inclusive, deixava cada vez mais espaços em sua defesa por atacar e não conseguir estar de novo em sua defesa para evitar o domínio de algum jogador dos multicampeões. Assim, Mário lançou Leonardo, na entrada da área dos Galáticos, e o pivô, que começou a partida como ala mas que virou novamente pivô, posição na qual mais rende, durante o confronto, dominou com a direita e já girou batendo de esquerda e superando Léo com a bola passando debaixo de suas pernas. 4 a 3 e mais uma virada.

Daí para a frente, o XI com Álcool dominou o jogo durante longos minutos e partiu para a promoção de estragos na defesa oponente. Os contra-ataques, frutos de roubadas de bola no meio-campo eram frequentes, e resultavam em ótimas e perigosas jogadas para os laranja e negros. Lott estava reiteradamente presente nelas e, em um exemplo disso, ele disparou pela esquerda, foi até a linha de fundo e cruzou para a área. A número cinco passou do goleiro e alcançou Persa, que só teve o trabalho de empurrá-la para fazer 5 a 3.

E não parou por aí, não. A porção da cancha em que a marcação veterano mais se dava bem era na região próximo ao círculo central e foi justamente lá que os Galáticos perderam uma dividida e pediram falta. Os veteranos ainda hesitaram um instante aguardando qualquer marcação do árbitro, mas, como ele não assinalou nenhuma infração, Leonardo, dali mesmo, encheu o pé direito para ampliar o marcador. 6 a 3.

O placar ia se aproximando das necessidades para a classificação, mas o desgaste físico também ia evoluindo com as constantes idas e vindas. Não por isso, mas por não conter o alto jogador do Galáticos, Tulin, é que a equipe permitiu que em ataque tradicional dos adversários, com troca de passes, próximo a área, o quarto gol surgisse. A tabela que resultou na diminuição da vantagem foi realizado por dois jogadores na área contra o único oponente, o goleiro Mário. 6 a 4.

Parece, no entanto, que foi um lance isolado de desatenção, porque, em seguida, o XI com Álcool recarregou suas baterias contra a armada inimiga. Adriano passou a subir ao ataque com mais frequência, ora na companhia de Persa, ora na companhia de Leonardo. Numa cobrança de tiro de canto por esse último, Lott recebeu na direita e cruzou na cara do gol para seu companheiro fixo ampliar a vantagem. 7 a 4.


E para incendiar as arquibancadas, que contavam com os atentos adversários e concorrentes dos Deztemidos, o mesmo Adriano saiu driblando e, ao entrar na área, chutou no canto esquerdo do arqueiro Léo para marcar 8 a 4, vantagem que assegurava até então a passagem às quartas.

A equipe chegou a pedir tempo técnico para tentar dar um descanso e permitir a busca pela manutenção do resultado, mas antes teria que esperar estar com a posse de bola para poder usufruir de seu direito. No entanto, antes da parada solicitada, não foi possível conter o ala Dudu, que recebeu passe na direita de seu ataque e fez o quinto gol da equipe. 8 a 5.


O tempo serviu apenas para reforçar que a vantagem era plenamente possível e que era necessário manter o ritmo se quisessem retomá-la.


Mas a desatenção tomou conta da equipe durante mais alguns instantes e um deles foi permitir que Rauen se adiantasse da marcação, ainda que deixando o braço que atingiu o queixo do marcador Leonardo e que não foi vista pelo árbitro, antes de chutar cruzado no canto direito de Mário para fazer o sexto de sua equipe. 8 a 6.


Com o relógio se aproximando do final, o ritmo alucinante e que custava as pernas dos ónzimos-alcoolianos prosseguiu para a construção de uma nova vantagem. Com isso, Persa adiantou-se e recebeu passe na esquerda do ataque, onde encheu o pé para acertar chute cruzado nas redes adversárias. 9 a 6.


Faltava apenas um, mas, apesar do esforço, a dificuldade e a sorte não conspiravam a favor dos multicampeões. Sair com tudo também criava condições do adversário montar seu contra-ataque com tudo e isso aconteceu mais duas vezes A primeira, em uma roubada de bola no campo defensivo dos Galáticos, que Tulin dominou e lançou Dudu para tocar para as redes. 9 a 7. E a segunda, em outro lançamento, só que agora para Rauen, que aplicou um lençol em Mário e completou para as redes. 9 a 8. Placar final oficial do jogo.


Apesar do toda a dedicação dos veteranos, a eliminação chegou mais cedo do que esperavam, mas, desta vez, deixavam o torneio de cabeça erguida pelo desempenho convicente na despedida, diferentemente dos 11 a 2 sofridos para o XoXota no Apertura 2009. Cabe agora, cumprirem a promessa, que vem sendo feita há vários anos, de praticar o futebol juntos durante as semanas. Bons sinais são vistos com a participação de Adriano e Leonardo em uma permanente rodada às terças-feiras na Vilarinho. Quem sabe, então, os resultados possam ser mais positivos em 2011. É aguardar para ver.


Ficha técnica:
XI com Álcool: Mário (1), Adriano (5), Lott (6), Leonardo (14) e Persa (10).
Galáticos: Tulin (5), Marcus Vinícius (10), Luís Rauen (24), X e Dudu (69). Entraram: Léo (1) e Diego.


Gols:
XI com Álcool: Mário, Leonardo (4), Persa (2) e Adriano (2).
Galáticos: Luís Rauen (3), Marcus Vinícius (2), Tulin e Dudu (2).

domingo, setembro 26, 2010

Orange-noir vencem alviverdes do MaXIXe para derrubar tabu

A 4ª rodada do Clausura 2010 já prometia o início de algumas definições, especialmente se as equipes que apresentavam as melhores campanhas confirmassem seus retrospectos e disparassem na ponta da tabela rmo à classificação.

No Grupo A, os Deztemidos, com nove pontos, enfrentariam o MeiaNove, com seis pontos mas um jogo a menos. A vitória de qualquer uma das equipes reforçaria seu papel de candidato a uma das quatro vagas. O XoXota, com 7 pontos, caso alcançasse os três pontos no cotejo desta manhã contra o XXVIduzir carimbaria quase definitivamente seu passaporte à fase seguinte.

Um jogo que não garantiria ninguém na etapa seguinte do torneio, mas que poderia significar um adeus precoce às aspirações de permanecer na disputa, aconteceria entre o MaXIXe e o XI com Álcool. Ambos sem nenhum ponto até o momento, duas derrotas em dois jogos e saldo extremamente negativo, -8 para o primeiro e -12 para o segundo. Até um empate poderia arrefecer os ânimos de ambas as agremiações no esforço de recuperação.

O encontro da rodada reuniu duas equipes com momentos distintos na história csapiana, o que pode ser comprovado, inclusive, pelo retrospecto de confrontos diretos. Após quatro partidas entre ambos, são duas vitórias para cada lado. Em 2008, a vantagem ficou por conta dos nerancieri com o 12 a 3 no Apertura e o 7 a 1 no Clausura. A coisa começou a mudar no Clausura 2009, quando a esquadra maxixense venceu por 8 a 7 e persistiu no Apertura 2010, com mais uma vitória, agora por 6 a 4.

Para o embate decisivo, os representantes do XIX Csap só não puderiam contar com Rafael 'Rafa' Marques, que, ainda assim, compareceu à quadra e permaneceu no banco de reservas da equipe. Os veteranos não sabiam exatamente quem estaria presente a até poucos minutos antes do início deste prélio. Mas na hora de rolar a bola conseguiram contar com seis nomes e mais um que chegaria no decorrer da partida. Para iniciar o jogo, postaram Felipão, Adriano, Diego, Leonardo e Carlão. Lott ficou a postos para a troca na ala e, depois, também Persa apareceu para reforçar a equipe.

Os orange-noir se organizaram para trabalhar bastante com o pivô e buscar a aproximação dos alas, visto que era um jogada que vinha sendo esboçada na partida anterior e que começara a apresentar resultados positivos. Por isso, acionar Carlão e aparecer para a conclusão podia ser uma ótima alternativa, assim como a possibilidade de se implementar a marcação meia-quadra que foi bem sucedida em oportunidades anteriores.

Como a marcação dos alviverdes não era tão incisiva no ataque, a partida começou com o XI com Álcool buscando trabalhar a bola em seu setor defensivo e, como acertado previamente, buscar seu jogador mais adiantado para a construção de suas jogadas mais perigosas. Essa forma de iniciar os ataques combinava com o que tem feito o arqueiro Felipão, que tem se sentido, momentaneamente, mais à vontade em sair a bola com os companheiros que estejam mais próximos.

Na saída de bola do MaXIXe, a pressão veterana era exercida por Carlão e por Leonardo, que avançava um pouco mais para fechar as possibilidades de distribuição de bola do goleiro João Gabriel. E a marcação pressão deu resultado em pouco tempo, quando Diego roubou uma bola no meio campo e disparou uma paralelaça no canto esquerdo e abriu o marcador. 1 a 0 e o primeiro jogo no atual torneio em que saíam em vantagem no marcador. No entanto, nada que servisse de alívio, já que no Apertura 2010 a história começou da mesma forma e o placar final não foi nada positivo.

Assim, os veteranos continuaram com o mesmo ímpeto e Carlão exercia bem seu papel de pivô, aparando as bolas e preparando as jogadas no meio da quadra para quem aparecesse em condições de finalizar. Mais importante ainda, foi a capacidade do atleta, que se apresentou com resquícios da febre que o acometera em decorrência de uma gripe, de voltar para marcar, sempre que necessário, e inverter posição em seguida para voltar a ser referência na frente.

E mostrando que a tão decantada jogada era, de fato, eficaz, ele recebeu na direita do ataque e tocou para Leonardo, na frente da área. O ala ajeitou para a perna esquerda e, chutou, cruzado por baixo das pernas de um adversário, acertando o canto esquerdo do arqueiro adversário e ampliando o marcador. 2 a 0.

Finalmente, a equipe havia encontrado uma maneira de se impor em quadra e para tentar criar oportunidades de gol, o MaXIXe passou a usar uma tática semelhante ao saque-voleio do tênis. João Gabriel passou a buscar, invariavelmente, o pivô Xicão na entrada da área adversária, mas a defesa bem postada do XI com Álcool estava atenta e se antecipava a todas essas jogadas. Com isso, os calouros se decidiram por uma parada técnica para acertar a equipe.

Após o curto intervalo, eles resolveram modificar um pouco essa característica de jogo que havia ficado muito clara. A alternativa passara a ser o toque de bola no chão com a participação do pivô em uma das pontas da área e entrada em diagonal de um dos alas. Tentaram-na uma, duas vezes, mas o gol veio mesmo em uma saída de bola com dois atletas alviverdes contra um marcador adversário. Com um deles livre, ele experimentou um tirambaço de trás do meio campo e meteu uma curva na bola, atingindo o canto superior direito de Felipão e diminuindo a desvantagem para 2 a 1.

O gol, entretanto, não refreou os ânimos dos nerancieri, que não diminuiram seu espírito agressivo, afinal, por mais que eventualmente façam diferente, sabem atuar para buscar mais e mais gols. Algo similar ao Cruzeiro de Cuca e o Santos de Dorival Júnior, ambos em 2010.

Uma das investidas proporcionou um escanteio pela direita para os veteranos, cobrado por Leonardo para Carlão, ávido por assinalar seus tentos, receber e chutar no canto esquerdo, entre o arqueiro e a trave, para ampliar a vantagem para 3 a 1.

Com o domínio do jogo, os multicampeões conseguiam ofuscar um pouco as deficiências que ainda apresentam em razão do ritmo de jogo que recomeçaram a ter. Armas como a velocidade de Lott foram empregadas para conferir mais agilidade nos toques na meia-cancha. Mas, contrariando a lógica do time descrita logo acima, Leonardo recuou para auxiliar na saída de bola e o time foi se movimentando ligeiramente para dar um possibilidade para receber a bola. Da mesma forma, os adversários se mexiam, deixando a marcação mais frouxa do que poderiam permitir. Numa dessas descoladas, os três marcadores que tentavam fechar a opção Carlão avançaram mais do que o necessário e o ala que estava com a bola deu um passe em diagonal pela esquerda para o pivô que não perdeu a oportunidade de finalizar apenas diante do goleiro e ampliar para 4 a 1. O placar marcou o fim da primeira etapa e uma tranquilidade momentânea para os ónzimos-alcoolianos.

A conversa da equipe multicampeã no intervalo foi uma das mais calmas e racionais dos últimos tempos, afinal a equipe estava apresentando exatamente aquilo que se esperava dele e o importante era continuar repetindo o que demonstrava até a virada de quadra.

Os maxixenses, por outro lado, teriam que vir com tudo para tentar pelo menos um empate. Caso contrário, as chances de voltar a ser semifinalista como no Clausura 2010 esvair-se-iam ao final do certame deste domingo.

No ínicio da segunda metade, os orange-noir voltaram a pressionar e alternar ataques com seus adversários. Mas as investidas alviverdes tornaram-se mais efetivas, principalmente pelo lado direito da defesa laranja e negra, cuja marcação já não se encontrava tão bem como na etapa inicial. O castigo veio em um ataque de Skal que subiu e chutou cruzado pela esquerda, matando Felipão e diminuindo para 4 a 2.

Não haveria nada para desestabilizar a equipe à frente do marcador, pois os dois gols deveriam dar um refresco para tentar voltar a atacar. Mas não foi exatamente isso que aconteceu e o ágil Samuel, um inferno na segunda metade do jogo, partiu para cima de Adriano e chutou a gol da intermediária. A bola desviou no fixo e Felipão ainda chegou a tocar na bola quando caía para tentar a defesa, mas não conseguiu evitar o terceiro tento maxixense. 4 a 3.

A bola parecia que queimava ao passar pela defesa da equipe e as saídas de bolas convertiam-se em perigosas possibilidades de sofrer gols. Por alguns instantes, uma espécie de equilíbrio voltou a ter lugar na quadra e os veteranos pararam de cometer erros inacreditáveis. Mas o sistema defensivo, composto não apenas por aqueles responsáveis por defender a equipe, abriu e permitiu que Skal recebesse na frente da área e chutasse na saída de Felipão, no canto direito, para empatar a partida. 4 a 4.

Para tentar mudar alguma coisa, Persa entrou para atuar de pivô e voltar a proporcionar uma referência para as saídas de bola da equipe. Um polivalente em quadra, ele que costumava atuar como fixo nas participações anteriores, não esteve tão bem na posição, deixando escapar aquele a quem marcava no ataque por mais de uma vez. Mas, pode-se atribuir essa dificuldade também ao momento do jogo, que não era o mais apropriado para uma inovação.

O XI com Álcool, no entanto, voltou a levantar a cabeça e se acertar em quadra, porque o empate era um resultado horrível para eles. A troca de bola voltou a acontecer no ataque, com a movimentação de bola promovida por Diego, um monstro do futsal csapiano, que briga para voltar a ser o craque que encantou uma geração. E ele mesmo contribuiu para que a equipe reassumisse a ponta do marcador, ao aproveitar bola na intermediária e chutar sem defesa para João Gabriel. 5 a 4.

O domínio da partida não voltara a ser completamente veterano, pois os calouros contaram pouco depois com duas chances, uma delas em cobrança de escanteio, que não passou longe da trave nerancieri. Mas se Deus ajuda a quem cedo madruga, os ónzimo-alcoolianos persistiram na busca por ampliar a vantagem e encerrar a contagem. Assim, Lott recebeu marcado no lado esquerdo do ataque e girou para Leonardo, que se encontrava na entrada da área reival. O ala só teve tempo para chutar, por entre as pernas do arqueiro adversário, e vê-la encaminhar-se sofregamente para as redes. 6 a 4 e tempo encerrado.

Os orange-noir encerravam uma escrita de não vencerem há mais de um ano os alviverdes e acenderam a chama da esperança de alcançaram pela quarta vez em cinco competições a fase de quartas-de-final. Para continuar na disputa, o próximo encontro será contra a sensação Meia Nove, no dia 17 de outubro, ao meio-dia. Então, as duas semanas de interrupção em razão das eleições e do feriado de N. Sra. Aparecida servirão para manter a forma e o foco na retomada dos bons tempos.

Deztemidos vencem XI com Álcool e prorrogam angústia de seus calouros

O encontro entre duas das equipes mais veteranas do Csap, Deztemidos e XI com Álcool, surpreendeu pelo pequeno número de gols, mas reiterou a expectativa de que seria uma partida disputada e decidida por um placar mínimo. De um lado, a equipe da décima turma buscando confirmar sua campanha vitoriosa no atual torneio e alcançar sua terceira vitória. Do outro, os nerancieri com o intuito de se recuperarem da sofrida derrota em sua estreia no torneio.

Novamente atuando com seus uniformes vermelhos, os campeões da Copa Csap 2005 entraram em quadra com André (Andy), Otávio, Diniz, Diogo e Rafael Falce. Já os multicampões alinharam Felipão, Adriano, Ramsés, Diego e Carlão.

À formação do XI com Álcool foi acrescentado o futebol de Ramsés, ausente na 2ª rodada, em substituição a Leonardo que começou no banco e revezaria com Carlão na função de pivô. Com isso, a esperança era de que a equipe ganhasse na saída de bola, uma problema que deixou-os preocupados contra o XoXota.

E, de fato, o jogo disputado a partir das 11 horas do domingo, 19 de setembro,  foi muito mais equilibrado do o que da semana anterior e os ataques foram mais alternados. Do lado orange-noir houve uma maior guarda de posições e um menor erro tático, sendo mais utilizada a jogada do pivô. pelo arqueiro Felipão. No entanto, persistiram problemas contumazes como a lenta saída de bola e falta de aproximação com o pivô para fazer o um-dois.

A abertura do placar saiu em jogada em que Carlão marcava Diogo próximo à lateral direita do campo de defesa e ambos caíram no chão. O pivô do XI com Álcool reclamou de falta cometida pelo adversário, mas o árbitro não teve certeza da infração e deixou a jogada seguir. Na sequência, o pequeno jogador dos Deztemidos finalizou cruzado no canto esquerdo de Felipão e abriu o marcador. 1 a 0.

Após o tento inicial os nerancieri buscaram o empate de forma incisiva, mas não conseguiram o empate na primeira metade do jogo. O equilíbrio imperou até que o árbitro encerrasse os vinte minutos incipientes.

Na segunda etapa, os multicampeões apostaram em uma parceria que tinha ótimas perspectivas desde que houvesse um respeito tático entre os ocupantes de duas das posições. Com dois pivôs em quadra, Carlão e Marão, a equipe começou a atuar de forma pouco compacta, deixando os dois atletas de defesa distantes dos dois avantes. O ideal seria que, permanente ou intermitentemente, um dos que estivessem mais à frente desepenhasse o papel de ala a fim de aproveitar melhor as jogadas em que um deles fizesse o pivô e auxiliar na marcação. A indefinição sobre quem faria esse papel resultou no segundo gol dos veteranos. Em cobrança de escanteio do lado esquerdo do ataque dos 'reds' (ex-'blues'), Diniz surgiu desmarcado e disparou para o gol para anotar o 2 a 0.

Nesse momento, a preocupação passou momentamente pelas cabeças dos calouros do dia, porque aquele resultado representaria a segunda derrota em dois jogos. Mas, a necessidade faz os indivíduos se virarem e os perdedores provisórios saíram novamente em busca da recuperação. A recompensa veio nos pés de Carlão, indefensável para o goleiro Andy. A esse altura do jogo ainda faltavam oito minutos para o término, mas todo esse tempo, uma eternidade no futsal, não foi suficiente para alterar mais uma vez o marcador e o placar final ficou 2 a 1. Com o isso, o Deztemidos alcançou os nove pontos após duas vitórias pela diferença mínima e o XI com Álcool começou a colocar as barbas de molho depois de não somar nenhum ponto em seis possíveis. Na rodada seguinte, a 4ª, programada para uma semana depois, os mais veteranos encarariam o MeiaNove e os calouros confrontariam os algozes do MaXIXe.

Ficha Técnica:

Deztemidos: Andy, Otávio, Diniz, Diogo e Rafael Falce. Entraram: Rodrigo Bolinha, João Victor e Samir.
XI com Álcool: Felipão, Adriano, Diego, Ramsés e Carlão. Entraram: Édson, Leonardo e Marão.

Gols: Diogo (D), Diniz (D), Carlão (XI).

sexta-feira, setembro 17, 2010

Vitória pode recobrar ânimos orange-noir

A última vez em que o XI com Álcool estreou perdendo e não se recuperou na partida seguinte foi no Apertura 2009. Naquela ocasião, a equipe havia sido derrotada na 2º rodada (a partida de estreia contra os Abutres havia sido adiada) para os XXiitas por 12 a 7 e foram novamente derrubados na 3ª ao perderem para os adversários de depois de amanhã, os Deztemidos, por 5 a 3. Nas edições seguintes, as derrotas sempre vieram na partida inicial (8 a 7 para o MaXIXe no Clausura 2009 e 7 a 5 para o XoXota no Apertura 2010), mas as vitórias vieram no certame seguinte (15 a 4 no João XXIII e 7 a 3 nos Deztemidos).

Não é possível prever o resultados dos orange-noir contra os blues com base nesse histórico, mas é possível lembrar que, das três últimas partidas entre os dois, os multicampeões venceram 2 e perderam outra. Antes disso, foram registradas duas vitórias para a equipe do X Csap. No cômputo geral, são 2 vitórias para os, nessa ocasião, calouros e 3 para os ligeiramente veteranos, 21 gols pró XI com Álcool e 25 pró Deztemidos, conforme pode ser observado a seguir no Histórico de Confrontos do XI com Álcool:



A partida das 11 horas, pelo Grupo A, vale pela rivalidade antiga, originária dos confrontos entre XI de Setembro e O'River e XI de Setembro e Os Лó, pela busca dos blues por confirmar uma arrancada histórica, se totalizarem 3 vitórias em 3 jogos, e pela retomada dos nerancieri depois de sua maior queda em uma única partida, o que ocorreu no último domingo ao perder por 12 a 1 para os atuais bicampeões do XoXota.

Pelos campeões da Copa Csap 2005, a atenção se volta também para o lado bufão que se esperava tomar conta dos então conhecidos por Atecubanos TM 11 e que não teve um desfecho tão sorridente. Mas a propagada dupla Bolinha e Bolão, formada por Rodrigo Furtado e Samir Moysés, o atleta de 110 kg, promete movimentar o público presente na Tropical Academia.

Pelo ónzimos-alcoolianos, o destaque é a volta de Vinícius Lott após caso de abdução no sábado à noite e devolução na tarde do domingo da partida, segundo informou em justificativa acolhida pela direção da equipe, Ramsés Dutra, ausente devido ao falecimento de um ente próximo, e Édson Silveira, que se aventurou a cruzar as fronteiras estaduais e entrar em quadra. Outro reforço é a presença de Felipão, arqueiro que havia informado com antecedência sobre sua ausência e que, após mudança de planos, permanecerá à frente da baliza de sua agremiação.

A partida promete muita emoção e disputas intensas por cada bola, como costuma acontecer nesses encontros, como pode ser observado a seguir. Em dois dias, cenas dos próximos capítulos.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Recordações csapianas: Reinaldo, do Abutres, diz que certames na EG/FJP começaram em 1998

Os anseios por recontar a história esportiva no Csap datam de algum tempo e algumas foram e são as vozes que conclamam os mais jovens à promoção do resgaste. Com certeza, não foram os mesmos que afirmaram que um povo sem memória é um povo sem identidade, mas com segurança é possível dizer que essas palavras são tão válidas para a sociedade como um todo como para o universo do respeitado curso de Administração Pública da Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho da Fundação João Pinheiro.

O marco da retomada dos contos e causos dos torneios disputados pelos alunos, ex-alunos e funcionários da instituição pode ser considerado o dia 05 de setembro de 2008, quando o respeitado representante da 'Velha Guarda', Reinaldo, atualmente na Esquadrilha Abutre, encaminhou um e-mail para a lista de discussões Futebol Csap. Rei, como é conhecido desde o início de suas participações nas disputas entre os membros da instituição, rememorou a primeira competição ocorrida com o público interno e buscou "incentivar os atletas a contar um pouco da história desse torneio que já nos divertiu tanto e mostra-se como excelente oportunidade de rever grandes amizades".

Segundo o capitão abutreano, os primeiros certames ocorreram no segundo semestre de 1998 e contaram com a presença de, pelo menos, cicnco equipes, Atecubanos (o original), Clube Ahético Mineiro (Ahéticos), Esquadrilha Abutre (Abutres), Xuxu Mecânico e um time de funcionários da FJP.

Do primeiro Atecubanos surgido nas quadras csapianas, Reinaldo lembra de um jogador que atualmente é seu companheiro na Esquadrilha, agremiação para a qual o citado colega retornou após cursar mestrado no Canadá. Gladimir, símbolo da experiência de sua atual equipe, tanto pelo futebol apresenado como pelos ostentados cabelos grisalhos, era um dos representantes do IV Csap naquela equipe. Outro que fazia parte dos quatros atecubenses era o goleiro Renê, que participou do elenco do XI com Álcool campeão em 2006 e da Esquadrilha Abutre campeã do Apertura 2007, além de também ter defendido essas cores antes da passagem pelos multicampeões.

Pelos Ahéticos atuavam Carlos Alberto Antão Siqueira (Betovox), Frederico Tesca Tescarolo e Gustavo Persa Persichini. Com a cessação das atividades do clube que até hino possuía, cada um deles buscou novos companheiros para as disputas e, na atual edição, atuarão, respectivamente, por Galáticos, Abutres e XI com Álcool.

Persa, em contações de histórias após as partidas dos orange-noir, costumava relembrar alguns fatos referentes aos primeiros anos e sempre cita Carlos Antão quando se refere aos Ahéticos. Ao comentar sobre o hino elaborado para a saudosa equipe pela qual atuou durante algumas competições, a menção ao atual goleiro dos All Blacks é quase uma objetividade.

Procurado pela reportagem do Blog do XI com Álcool, Carlos recuperou os quatro versos que os embalavam rumo às vitórias e que foi criado em razão de uma polêmica final disputada contra o Xuxu Mecânico. Esse contenda, inclusive, teria gerado uma 'choradeira' por parte do adversário Marconi e motivado o pequeno trecho, uma paródia ao hino do Galo:

"Nós somos do Clube Ahético Mineiro
Jogamos com jogador irregular
Vencemos dentro da quadra e fora dela
Clube Ahético Mineiro, nosso lema é vencer."

Não foi, no entanto, o único elenco a contar com um ritmo que os identificasse frente a seus rivais. Em breve, será recuperada a história do Drink Team, equipe formada principalmente por atletas do VIII Csap e inativa desde o segundo semestre de 2005, e que, de acordo com Carlos Antão, também contava com um hino.

Os Abutres, únicos dos pioneiros ainda em atividade e que participaram de todas as edições dos torneios disputados por csapianos, contavam à época com nomes que ou continuam a desfilar sua técnicas pelas quadras da Tropical Academia ou o fizeram até recentemente. Integravam a formação inicial Leonardo Leo Goulart, Reinaldo, Frederico Fred Augusto.

O mencionado Xuxu Mecânico era constituído por alunos do II e III Csaps, formandos em 1997 e 1998, como o arqueiro Ângelo, campeão com a Esquadrilha em 2000, o 'chorão' Marconi, Henderson, que depois viria a defender as cores abutreanas, e Luiz Fernando.

O quinto time que participou do torneio contava com um nome conhecido por todos os que estudaram ou estudam na EG/FJP, Milton, da área financeira, além de Nino, que trabalhava na Secretaria de Ensino da instituição e que, em 2008, passara para a Procuradoria Jurídica. Reinaldo lembra que esse último "aparecia como um dos grandes talentos, sendo, inclusive, comparado fisicamente à Fábio Júnior, que, naquele ano, arrebentava pelo Cruzeiro".

Segundo o Rei, o campeão daquela edição foi o Xuxu Mecânico, "uma equipe fantástica", que venceu, na final, a agremiação dos funcionários da EG/FJP.

Na próxima postagem sobre a história dos torneios iniciados com esse descrito acima, os doze anos de disputas na voz de Carlos Alberto Antão Siqueira (Betovox).

domingo, setembro 12, 2010

XoXota atropela orange noir e impõe maior goleada da história veterana

Provavelmente, Nero não gostou muito da mudança do subtítulo do Blog do XI com Álcool e resolveu castigar, de modo exemplar, os atletas que integram a equipe. Onde antes aparecia "sempre em obras e vitórias para melhor atendê-los", hoje consta "os incendiários estão na ativa". Na prática, o elemento escolhido pelos veteranos para representar seu ímpeto em busca da retomada das vitórias no mais tradicional campeonato do Csap foi ineficaz contra a água e a chuva de gols trazidos pelos adversários da tarde.

Completo os orange-noir não estavam, em razão das ausências de Édson, fixo que se apresentará para os jogos a partir da próxima rodada, Mário, comparecendo a compromissos familiares, Persa, em férias na litorânea Porto de Galinhas, Lott, que, na noite anterior, havia confirmado sua presença, mas estranhamente não chegou até a Tropical Academia e Ramsés, de quem não houve nenhum retorno aos chamados para o cotejo de estreia. Face aos desfalques listados, a equipe formada por jogadores do XI, XVI, IX e V Csaps se alinhou com Felipão, Adriano, Diego, Leonardo e Carlão, mais Bruninho pronto para entrar tão logo fosse necessário.

Do outro lado, até o início da partida, o 'Salmão Endiabrado' não contava com o arqueiro Galvão e decidiu-se que as defesas ficariam a cargo do lesionado Steavy até que o titular chegasse. Mas essa era a única dificuldade dos atuais bicampeões, que, vestindo seu novo uniforme, preto com detalhes rosa, entrava como favorito para vencer mais um confronto com seus habituais fregueses. Em toda a história de confrontos entre as duas equipes, nunca houve nem empate entre XI com Álcool e XoXota. Todos os encontros findaram com a glória do lado calouro.

Tudo indicava um duelo equilibrado, inclusive a expectativa de ambos os lados era de um placar apertado ao final dos quarenta minutos de bola rolando. A comprovação da previsão viria com depoimento de um dos atletas do XX Csap que afirmou que, para eles, essa partida era esperada como a mais disputada dos duelos deles na primeira fase. Os placares de 7 a 5 na fase inicial do Apertura 2010 e 4 a 3 no Clausura 2009 são argumentos que, claramente, levaram a essa visão no campeonato.

Mas... foi só começar a partida que os números e a sensação geral desvaneceu-se por completo. Com a maioria dos atletas nerancieri sem ritmo de jogo, ainda que em boa forma física, o domínio de bola, o posicionamento em quadra e a saída para os ataques e contra-ataques esteve bastante prejudicada. O primeiro gol dos ainda alunos da EG/FJP não demorou a sair e aconteceu devido a marcação deficiente dos alunos formados. O pivô calouro estava bem marcado por Adriano, mas o ala DeAzul havia ficado livre na meia-cancha e driblou os dois para chutar na saída de Felipão. 1 a 0.

Pouco tempo depois, o XoXota continuou com seu espírito ofensivo e chutando constantemente a gol. Em partidas típicas, o arqueiro Felipão cresce em clássicos e não permite que, mesmo um bombardeio, se transforme em grande quantidade de gols. No entanto, nessa tarde ele não estava tão preciso como costuma ser e, em um disparo de longa distância, ele bateu roupa e a bola sobrou nos pés de Guidjer para ampliar o marcador. 2 a 0.

Como a tarde não estava realmente nada boa, logo após a saída de bola, o fixo Adriano foi pressionado na entrada da área e tentou se desvencilhar da marcação passando a bola para Diego. Mas o passe não conseguiu atravessar toda a extensão da área e sobrou para um adversário empurrar para as redes e fazer 3 a 0.

O avassalador começo do adversário era sinal de que seria necessário pedir um tempo para tentar recolocar as cabeças no lugar. E foi o que Diego fez logo após sair o terceiro tento e mostrando que o marcador estava daquela maneira graças a méritos do adversário mas, principalmente, aos erros individuais da equipe.

A conversa nessa parada técnica surtiu o efeito desejado e a equipe chegou ao equilíbrio, conseguindo atacar seus mais duros adversários no torneio de igual para igual. Com isso, saiu uma bola na trave de Leonardo , cujo rebote sobrou para Carlão. O pivô gigantesco finalizou, mas a bola foi alta e não ofereceu maiores perigos para Galvão. Sim, o arqueiro chegou após a partida ter sido iniciada e assumiu sua função.

A pressão do XI com Álcool prosseguiu e o time chegou ao gol, com um chute cruzado de Adriano, de fora da área, que cravou o ângulo esquerdo do goleiro dos representantes víntimos. Mas ainda faltava muito para reverter a vantagem rival. Qualquer falha poderia custar caro demais para os orange-noir.

E custou mesmo, quando Galvão foi conduzindo a bola até o meio-de-campo e chutou cruzado para fazer 4 a 1. Depois disso, o domínio do 'Salmão Endiabrado' foi completo e as tentativas de resolver as coisas individualmente levaram a roubadas de bola no campo de defesa e a ampliação do marcador para 6 a 1, ainda no primeiro tempo.

No intervalo, discutiu-se a melhor estratégia para voltar para a segunda etapa, mas chegou-se à conclusão de que a vitória era quase impossível e o importante era tentar diminuir a desvantagem com vistas ao saldo de gols final da fase de grupos.

Na segunda etapa, nos primeiros minutos ainda houve combatividade por parte dos nerancieri, mas a inversão do fixo com o pivô e a inexistência de um jogador de defesa atuando nesse trecho da quadra e os constantes erros de passe destruíram quaisquer possibilidades de recuperação. Dessa forma, o desastre foi sendo construída a maior derrota da história onzealcooliano. Não bastasse os acachapantes 11 a 2 contra o mesmo XoXota no Clausura 2009, quando a equipe, praticamente sem chances de classificação, jogou com apenas cinco jogadores, sem nenhum reserva, desta vez o impacto foi maior. 12 a 1.

O surpreendente é que, na atual ocasião, os multicampeões estavam com um elenco mais forte do que naquela feita. A lição que fica é que o nome não ganha jogo, o que, pelos resultados de 2008 em diante, eles sabem. E que ritmo de jogo é fundamental para alimentar quaisquer aspirações no torneio, como comprova as peladas de quinta-feira dos salmões.

Agora é aguardar como se sairão os orange-noir no próximo domingo, 19/09, às 11 horas, contra os Deztemidos. Será que a maldição de Nero acabará?

sexta-feira, setembro 03, 2010

A caminho da liderança

Antes das disputas do Clausura 2010 produzirem a repercussão no mundo csapiano, como é costume ocorrer, nada mais justo do que relembrar o que aconteceu no último semestre por meio das estatísticas. Da mesma forma que o Blog do XI com Álcool publicou no início da última competição (Statisticas e capocannieri - Números e marcas que espantam até os fratelli), mais uma vez são apresentados os campeões, artilheiros e o ranking de clubes da competição que completa dez anos.

No primeiro semestre do ano, o 'Salmão Endiabrado', utilizando pela última vez o uniforme que chamou a atenção desde que passou a se apresentar nas quadras csapianas, sagrou-se tricampeão, marca que o iguala em número de títulos do Csapão ao XI de Setembro.

A semelhança dos dois tricampeões cresce à medida que se observa que ambos venceram duas vezes consecutivas na sua acumulação de títulos. Se os atletas da vigésima turma ganharam sucessivamente o Clausura 2009 e o Apertura 2010, os jogadores da décima primeira sala a frequentar o Curso Superior de Administração Pública da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro subiram ao degrau mais alto do pódio em 2002 e 2003, quando o torneio era disputado uma vez por ano, no segundo semestre. 

A vantagem que ainda levam os veteranos diz respeito à sua capacidade de serem campeões três vezes consecutivas, ainda que não do mesmo torneio. Às vitórias dos dois torneios citados, entremeou o primeiro lugar na extinta Copa Csap, disputada no primeiro semestre de 2003.

Com a finalização do Apertura 2010, XI com Álcool e XoXota acumulam três títulos, Bento XVI, Esquadrilha Abutre e XI com Álcool têm duas conquistas e O'River e Proálcool uma coroação cada.

Os responsáveis por levarem os esquadrões às séries de títulos não podem ser reduzidos a uma ou duas pessoas, embora alguns sejam mais lembrados ou mesmo mais efetivos para as equipes pelas quais jogam, mas os artilheiros são peças fundamentais e merecem uma menção especial.

Até o início de março, a disputa estava acirradíssima com a liderança dividida entre o bentoniano Ian e o bucaneiro Nandinho, com 61 gols, seguidos pelo xxiita Raphael e pelo salmão DeAzul, com 60 tentos.

Ao término da competição, a intensa disputa promoveu mudanças nessa ordem e um pequeno distianciamento entre eles. Com a liderança na tabela de goleadores pela segunda edição seguida do Csapão, Nandinho, que marcara 20 gols no Clausura 2009 e 22 no Apertura 2010, tornou-se o primeiro a vencer a disputa duas vezes seguidas desde o Clausura 2007 e isolou-se na ponta com 81 bolas na rede. No seu encalço está seu calouro Raphael, que, ao marcar 19 vezes na última edição do torneio, alcançou as 79 anotações. Em terceiro, vem o Loco Abreu do Boca das Gerais, Ian, com 78 gols, depois de marcar 17 vezes no primeiro semestre e, em quarto, DeAzul com 72, 12 no mais recente Apertura.

Os tricampeões do XoXota ainda emplacaram mais dois nomes nas dez primeiras posições, com Guilherme 'Guidjer' Pagliara em quinto e 56 gols e Stéfani 'Steavy' Matos em oitavo e 36 tentos. O IPM manteve na lista dois de seus representantes: Daniel 'Djanis' em sexto com 54 conversões e Felipe 'Melo' em nono com 35 finalizações nas redes. Em sétimo está Tiago 'Chucky' com 52 tentativas bem sucedidas e em décimo, empatados, Luís Rauen (ex-Deztemidos, 171 e Piqueteam e, atualmente, no Galáticos), Matheus 'Theta', do XXiitas, Thiaguinho (ex-XXiitas e de volta neste semestre ao Black Jack) e Rafael, do Deztemidos, com 33 gols cada. 

Novamente, no XI com Álcool, a dianteira fica a cargo do pivô Leonardo que, ao anotar sete vezes no último campeonato, alcançou seus 31 gols desde 2008. Já a tabela completa encontra-se disponível na Lista Futebol Csap, com os números detalhados desde o primeiro semestre de 2008 e também consolidada com a classificação de todos os goleadores do torneio desde aquela data.

E, por fim, o ranking de clubes mostra que não houve mudanças significativas na pontuação. A se destacar apenas a queda da sétima para a oitava posição do MaXIXe, que manteve seus dez pontos, a subida do então Atecubanos TM 11/XI com Álcool do oitavo para o sétimo posto, com 11, e a estreia do XXaVeco com dois pontos, deixando para trás Black Jack e Fenomelístico com uma unidade cada.

Com o início da atual temporada, os números podem mudar em todos os quesitos, ainda que de forma não tão significativa, mas, pelo menos na busca por ser o homem gol, Ian dá sinais claros de que quer voltar a ser considerado o matador insuperável e levar o Bento XVI ao tricampeonato. Com os oito gols feitos na primeira rodada, ele assume provisoriamente a liderança no quesito e passa a ser o homem a ser vencido. E que o circo pegue fogo é o que esperam os espectadores. O Csapão já está fervendo.

segunda-feira, agosto 30, 2010

Janela de transferências para o Clausura 2010 movimenta futsal csapiano

"Acerte o seu aí que eu arredondo o meu aqui, no Morumbi." O bordão que acompanha o locutor Sílvio Luiz, profundamente identificado com as emissoras do Grupo Bandeirantes de Comunicação e atualmente na Rede TV!, vale para os aficionados do esporte praticado pelos csapianos. Sob nova direção, o que também poderia nos lembrar outra atração televisiva, o Diretório Acadêmico do Curso Superior de Administração Pública (Csap) abriu, no último dia 16, o prazo para inscrições das equipes interessadas em participar do Clausura 2010. Encerradas no dia 24, contaram-se 14 manifestações de interesse oficiais de participar da disputa que se iniciou hoje e que segue até 21 de novembro. O sorteio que definiu os componentes das duas chaves de sete times foi realizado na sala do DA no dia seguinte, quarta-feira, 25, e resultou da seguinte maneira:

Grupo A:

Calouros (XVI)
Deztemidos
Galáticos
MaXIXe
MeiaNove
XI com Álcool
XoXota

Grupo B:

171
Bento XVI
Black Jack
Esquadrilha Abutre
IPM
TNT
XXaVecos

Como pode ser observado pelo mais assíduo leitor, algumas fusões e cisões ocorreram do Apertura 2010 para cá. O 23 e 1/2 WO Team, resultado da fusão do João XXIII com os XXIVas, aderiu a teoria darwinista de que somente os mais fortes sobrevivem e, com a chegada de reforços oriundos do extinto XXIItas, ganhou a denominação de MeiaNove.

O escrete que representava a XXII Csap não atuará nesta edição e dispersou seus integrantes por vários cantos do torneio, na maior diáspora vivenciada em tempos na realidade do torneio. Além da nova equipe formada e que conta com os matadores Raphael Vasconcellos e Lucas Salles, os atletas dos três Csaps representados pelo MeiaNove e que não eram muito aproveitados em seus clubes de origem formaram o TNT. Ao que tudo indica, a mistura não será tão explosiva como poderia pressupor o nome, mas ainda é cedo para realizar um prognóstico a respeito.

Os calouros do XXVI Csap, que atribuíram o inexplicável nome de XXVIduzir à sua esquadra, são a novidade do torneio, assim como o retorno dos 'All Blacks' dos Galáticos, time quase puro-sangue do XV Csap. A exceção dos últimos campeões da Copa Csap, disputada em 2006, é o andarilho da bola, Luís Rauen, que atuou pelos bucaneiros do 171 no último torneio. Outro que volta à formação originária é o Black Jack, em busca de colocar o nome dos alunos do XXI nos mais altos lugares do pódio e das páginas blogueiras da Fundação João Pinheiro.

Uma surpresa ocorreu com a marca mais antigo do Csap na ativa, a Esquadrilha Abutre, uma espécie de Ponte Preta da Tropical Academia. Para a corrente edição, os bastidores estiveram intensos e os nerazzurri contrataram quatro reforços, um deles dos 'nerancieri'. Ângelo Minardi, Guilherme e Webert, todos do IX Csap, e Tiago Jamaica, do XIV Csap, e que defendeu inúmeras agremiações como o Socanelas e o Deztemidos.

O XI com Álcool, como noticiado após a última apresentação do Atecubanos TM 11 em maio passado, terminou sua parceria com o Atecubanos e volta a utilizar a nomenclatura que ostenta desde sua fundação em 2006. Embora sob essa denominação a equipe tenha duas conquistas, o Csapão 2006 e o Clausura 2007, a equipe carrega também as vitórias nos Csapões 2002, 2003 e 2005, além da Copa Csap 2003, ainda sob o nome XI de Setembro. Mas, com a conquista do XoXota no Apertura 2010, pela segunda vez consecutiva  em uma final com o 171, deixa de ser o único tricampeão do torneio, se considerarmos apenas as conquistas da formação primeira dos atletas da 11ª turma do Csap antes da fusão com o Proálcool.

A equipe somente estreará na 2ª rodada da 1ª fase e terá, logo de cara, o 'Salmão Endiabrado, a partir das 12 horas do dia 12 de setembro, o que permitirá aos 'orange-noir' se prepararem bem e, se o planejamento for corretamente implementado, realizar dois treinamentos coletivos nas duas próximas semanas, ambos às quintas-feiras. As ausências dos 'stranieri', como Édson, Felipe Rocha e Carlão, são certas na prévia ao debute, mas, ainda assim, a preparação deverá ser implementada e os entrantes incorporados ao esquema tático a ser definido nesses eventos.

A sequência de confrontos dos veteranos dar-se-á com:

3ª rodada - 19/09 - 11:00 - XI com Álcool x Deztemidos
4ª rodada - 26/09 - 11:00 - MaXIXe x XI com Álcool
5ª rodada - 17/10 - 12:00 - MeiaNove x XI com Álcool
6ª rodada - 24/10 - 10:00 - XI com Álcool x Calouros
7ª rodada - 05/11 - 11:00 - Galáticos x XI com Álcool

Dos sete times que compõem cada grupo, razão pela qual haverá a folga de um deles a cada rodada, quatro se classificam para o confronto de quartas-de-final, em fórmula que vem se repetindo desde o Csapão Clausura 2007. E os duelos prometem ser os mais duros registrados em muitos anos no campeonato, com veteranos reforçados e csapianos ainda em ativa na própria Fundação atentos para alcançar seus primeiros títulos durante seu período de graduação.

Para retomar os tempos de glórias, os nomes são praticamente os mesmos eliminados nas quartas-de-final do Apertura 2010 para o 171. Felipão é o arqueiro, para a defesa estão disponíveis Adriano 'Agrião' Otávio, Felipe Rocha, Édson e Gustavo 'Persa' Persichini, nas alas a equipe contará com Diego Vettori, Vinícius Lott, Ramsés Dutra, Bruno Alencar e Thiaguinho 'RC' Cançado (único reforço) e o trabalho de pivô ficará a cargo de Leonardo Diniz, Carlos 'Carlão' Figueiró e Mário Neto.

O trabalho deles começa nesta semana e não será pouco, com base nos resultados da 1ª rodada, a seguir apresentados. Andiamo a vincere, ragazzi! Forza, campioni!
Csapão Clausura 2010
1ª Rodada - 29/08
10:00 MeiaNove 10 X 2 Calouros
11:00 MaXIXe 1 X 3 Deztemidos
12:00 XoXota 3 X 3 Galáticos
10:00 TNT 1 X 7 171
11:00 Black Jack 4 X 1 XXaVecos
12:00 Bento XVI 13 X 7 Abutres

domingo, maio 16, 2010

Eliminação marca fim da parceria Atecubanos e XI com Álcool

Se o prognóstico no Atecubanos TM 11 era a vingança contra seus algozes de dois anos antes, o intento não foi alcançado. O resultado final pode dar a impressão, meu caro leitor verá,  de que não fora possível hora nenhuma outro destino. Mas, quem acompanhou a primeira metade do cotejo e não esteve presente para os vinte minutos derradeiros poderia dar outro testemunho.

O reencontro com o 171 teve peculiaridades que ficarão registradas nos compêndios do Csapão para o bem e o para o mal. Apenas para introduzirmos os fatos inusitados, relembremos da mesma fase da competição no Clausura 2009 envolvendo os 'orange-noir' e o XoXota. Naquela data, além da classificação do 'Salmão Endiabrado', chamou a atenção o descompromisso do árbitro e sua negligência com a cronometragem do tempo de jogo. Uma batalha quase surgiu entre o apitador e o, à época, capitão veterano, Persa, quando este foi tomar satisfações com aquele sobre a antecipação do fim da partida.

Desta vez, ainda no sorteio inicial, os capitães Leonardo (Atecubanos TM 11) e Nandinho (171) receberam a solicitação do juiz Gérson de que antecipassem o retorno para o segundo tempo. Segundo a autoridade da partida, ele possuía um compromisso em Venda Nova às 13 horas e necessitava deixar a quadra, no máximo, ao meio-dia. O objetivo do homem de preto não tinha a mínima condição de ser atendido, simplesmente pelo início do jogo anterior, marcado para as 10 horas, ter atrasado em 20 minutos, o que repercutiu na segunda partida da rodada naquela quadra. Começando às 11 horas e 20 minutos e considerando os 5 minutos regulamentares de intervalo, não havia como encerrar a partida antes das 12 horas e 5 minutos. Além disso, quando Gérson pediu que as equipes não dispendessem 10 minutos na virada de tempos, mas apenas 5, ele mostrou desconhecimento da regra que estabelece justamente os 5 minutos de descanso.

O jogo, apesar dessa 'curiosidade' inicial, começou com cautela pelos dois lados. Os 'orange-noir' se armaram com dois alas com boa saída de jogo, Ramsés e Diego, de forma idêntica à utilizada na vitória contra os Abutres, para tentar movimentar ao máximo a bola. Os 'bucaneiros' mantiveram seu estilo de jogo tradicional com Caio (Nando Reis) e Péu nas alas para permitir o jogo vertical de Nandinho a Thiago 'Chucky'.

As duas equipes criaram chances claras de abrir o placar e os 'veteranos', apenas nos quinze minutos iniciais, carimbaram as traves três vezes, com Ângelo e Diego, além de enfrentaram o arqueiro Mairon em uma boa manhã, defendendo bolas difíceis do ala adversário.

O 171 se valia de parar o jogo com muitas faltas, ao final do primeiro tempo computaram cinco, e, para tentar aproveitar essa arma, Persa entrou para demonstrar sua principal virtude em quadra. No entanto, ele não estava tão inspirado como em embates anteriores e não soube fazer o melhor uso dessas chances.

Numa saída de bola em que o mais veterano jogador dos mais veteranos tentou disparar a gol ainda de seu campo de defesa, Nandinho interceptou-a no meio da quadra e imediatamente afundou o pé dali mesmo para desilusão de Felipão que não teve tempo para alcançá-la. 1 a 0.

E... bom, com quinze minutos, aquele mesmo árbitro encerrou o primeiro tempo. Como assim? Ele afirmou que havia completado vinte minutos e foi para o intervalo. Escaldado pelo imbróglio de 2009, Persa foi atrás do árbitro para mostrá-lo que faltavam cinco minutos para o fim da primeira etapa. Minutos antes, Leonardo já havia pedido para Samir, então no banco de reservas, procurar a organização o Csap e adverti-los acerca da conduta de Gérson, imprópria desde antes do apito inicial.

Para alívio geral, Djanis (IPM e DA Csap) também estava cronometrando e confirmou que o tempo regulamentar ainda não havia decorrido por completo. Porém, a 'autoridade' do jogo, incomodada pelo questionamento não ficou muito satisfeita e decidiu ir embora, sem cumprir com a obrigação para a qual havia sido contratada.

Depois de algum diálogo com as presenças dos atletas do Atecubanos TM 11, 171 e a organização do torneio, chegou-se ao consenso de que o apitador poderia ser um atleta da Puc Minas que acompanhava a rodada de seu torneio na quadra 3 da mesma Tropical Academia.

Com isso, os cinco minutos restantes foram disputados e restabelecida a ordem. E, nesse intervalo, os 'bucaneiros' partiram para cima visando à ampliação do marcador. Teriam, no entanto, que superar os adversários que, até aquele momento, jogavam bem e rodavam bem a bola.

Mas nada disso foi obstáculo para os calouros, na base do toque de bola entre Chucky e Péu, chegarem ao segundo gol e irem para o intervalo com a folga no placar.

Vários fatores pesavam contra os atecubanenses-ónzimos, como as ausências de Marão e Carlão, mas, mais que isso, os insucessos em quartas-de-final em três dos quatro torneios anteriores e as duas derrotas nos dois últimos encontros entre os duelantes dessa manhã.

O segundo tempo começou como o primeiro, mas os 'nerancieri' não conseguiram mais promover o mesmo futebol da primeira etapa senão nos primeiros minutos. Depois, o controle foi total do 171, que, após anotar o terceiro tento, tomou conta completa da partida e avançou para saquear o adversário, como bons piratas que são. Não bastava apenas vencer, era preciso mostrar toda sua fúria futebolística e assim o fizeram.

O fogo amigo contribuiu para o Atecubanos TM 11 não conseguir se recuperar. Samir que, nos cinco minutos finais do primeiro tempo, estava bebendo com Guilherme 'Boina' Orair nas arquibancadas, voltou deliberado a entrar em quadra de qualquer maneira. Não se notaram sinais de embriaguez no atleta, mas a infração cometida por ele não poderia ser aceita pelos demais companheiros, como salientou Persa no momento em que o descendente de libaneses afirmou que entraria para jogar.

Naquele momento, mais ou menos cinco minutos da etapa derradeira, ainda se conseguiu convencê-lo a aguardar um pouco devido ao seu estilo de jogo não ser o mais adequado para a partida. Mas, tomado o terceiro gol, ele ignorou as recomendações e adentrou a quadra 1.

Não bastasse esse ato de indisciplina que, claramente, abalou os demais atletas, seu desempenho não esteve próximo ao apresentado na derrota para o MaXIXe, pela quarta rodada, quando anotou dois gols. Contra o 171, ele ainda conseguiu finalizar a gol uma vez em um chute cruzado, mas desentendeu-se com o cobrador oficial de faltas, Persa, em lance logo à frente da área que desperdiçou e ainda perdeu várias bolas de domínio razoavelmente fácil.

Claro que a responsabilidade dos cinco gols seguintes que o time levaria não poderá ser depositada na sua conta, mas sua indisciplina contribuiu decisivamente para o arraso sofrido pelos 'nerancieri'. Nem a tentativa de utilizar Adriano como goleiro linha foi bem sucedida, considerando que essa alternativa não havia sido empregada em nenhum momento do Apertura 2010 pelos veteranos.


O 8 a 0, pior derrota sofrida na história do XI com Álcool (inclui Atecubanos TM 11) garantiu o 171 nas semi-finais contra os XXiitas, que derrotaram o IPM por 5 a 2. Na outra perna da semi-final, o XoXota que venceu o XXaVeco por 7 a 2 (2 a 2 no tempo normal e 5 a 0 na prorrogação) encara o Bento XVI, o Boca das Gerais, que derrotou os Deztemidos por 4 a 1.


Além de mexer com os brios dos bicampeões, a derrota trouxe consequências muito maiores. Com o risco de alguns atletas da Velha Guarda do elenco se desfiliarem sem volta do time, coisa que chegou a ser anunciada por dois deles, o Atecubanos e o XI com Álcool encerram sua parceira após um ano. O Blog do XI com Álcool ressalta que os atecubanenses foram extremamente importantes tanto no Clausura 2009 como no Apertura 2010 e as presenças de Hugo, Pedro, Diogo, Didi, Camillo e Samir ajudaram não só no quórum mínimo como também para alcançar vitórias. No entanto, a hora é de cada um seguir seus caminhos  dados os princípios que norteiam as duas agremiações.

O XI com Álcool voltará a partir de setembro às disputas e, desde já, assegura a contratação de RC, craque afastado dos Csapões há três anos e que, somado ao retorno de contusão de Lott e a continuidade de Ramsés, acrescentará mais fôlego, incisividade e renovação à equipe.

Ficha técnica:

Atecubanos TM 11: Felipão, Adriano, Ramsés, Diego e Ângelo. Entraram: Persa, Leonardo e Samir.
171: Mairon, Nandinho, Caio (Nando Reis), Péu e Thiago (Chucky). Entraram: Bruno (Mudim) e Mateus (Negão).

sábado, maio 15, 2010

Ora della vendetta?

As quartas-de-final novamente se avizinham e reservam um encontro ocorrido no Apertura 2008, mas, agora, em condições bem distintas de quatro campeonatos atrás. Atecubanos TM 11 (à época XI com Álcool) e 171 duelaram pela vaga às semi-finais com campanhas quase opostas naquele torneio. Os veteranos haviam terminado em quarto lugar em seu Grupo A, com seis pontos, e os calouros encerraram aquela primeira fase com a liderança do Grupo B, com 13 pontos e invictos. Desta vez, a melhor campanha é a dos 'nerancieri', segundos colocados do Grupo A, com 9 pontos, contra o terceiro posto dos 'bucaneiros', no Grupo B, com os mesmos 9 pontos e o melhor ataque da primeira fase, 41 gols.

Os atores que encenarão essa peça se distinguem um pouco daqueles que atuaram no confronto citado e, ainda, no duelo seguinte, válido pelo Clausura 2008. No dia 15 de junho, os onzeacoolicos contavam com nomes como Felipe Rocha, Ângelo, Persa, Diego, Marcus, Leonardo, Adriano e Felipão. Desses, apenas Felipe Rocha pendurou suas 'chuteiras'. Em contrapartida, Samir e Ramsés fazem parte do elenco atual. Os 'bucaneiros' incorporaram Rauen, no último semestre, e, com a partida dele para o Piqueteam, trouxeram Péu, artilheiro formado no At&T e com passagens pelo Sexta-Feira XIII e Galáticos. Além dele, o arqueiro Mairon deu lugar, em alguns jogos, a Welson Kleiton Antônio, formado no Fenomelístico e com atuações pelo Socanelas, ambos do XIV Csap.

A decisão que contou com os dois times terminou empatada em 3 a 3 e foi resolvida nos tiros livres da marca do pênalti. E quase permaneceu empatada em 3 a 3 também nessa disputa, mas Felipe Rocha, na última cobrança, acertou o poste esquerdo de Mairon. Como o embate diante do XoXota, parece que ainda há contas a serem pagas. A mesa está posta para o acerto, amanhã, às 11 horas, na Tropical Academia. Capisconno?

segunda-feira, maio 10, 2010

Clássico mais antigo do Csap permite 'orange-noir' colocar as barbas de molho e aguardar adversário das quartas

02 de maio de 2010. Classificação assegurada sem nem precisar saber o resultado do duelo entre os Deztemidos e o IPM. Claro que o placar desse encontro definirá se os 'orange-noir' terminarão a primeira fase em segundo ou terceiro lugar no Grupo A, mas o mais importante foi garantir-se nas quartas-de-final e poder respirar aliviado mais cedo.

A cortesia no confronto entre as equipes mais veteranas do Csap imperou desde o início, que se deu após as 10 horas estipuladas no calendário divulgado pelo D.A. A dificuldade da Esquadrilha Abutre em contar com o número mínimo de atletas para dar início ao certame quase levou à confirmação do primeiro W.O. da competição. O descrédito não aconteceu e, surpreendentemente, ficou para os calouros do XXaVeco, que estavam em segundo no Grupo B e poderiam, caso vencessem o Bento XVI, findar a fase inicial na primeira colocação. Mas em cima da hora, quando o árbitro já havia advertido sobre o avançado da hora, Leo Goulart apareceu e permitiu o início do prélio. No meio da etapa inicial chegaria também Rafael Bicalho, acordado pelos companheiros no horário em que iniciaria a partida.

Os Abutres ainda não contaram com os dois arqueiros. Tanto Carlos como Renê haviam avisado, com antecedência, que não compareceriam, assim Thiago Alvim assumiu a posição, mesmo em embriaguez que poderia ser sentida à distância.

Contra a Esquadrilha, o Atecubanos TM 11 sabia que não adiantaria utilizar a marcação meia-quadra, porque essa era exatamente a arma dos adversários. Se lançassem mão dessa iniciativa, correriam o risco de ver um jogo enfadonho e terminado sem gols. Mais do que isso, estava claro que os únicos atletas mais veteranos que eles dispenderiam a maior parte do tempo tocando a bola e aguardando ser atacados para sair em contra-ataques nada organizados, que incluíam, inclusive, as saídas de Alvim.

Mesmo sabendo de toda essa história, os 'nerancieri' tiveram que se acertar em quadra antes de partir decisivamente para cima dos oponentes, penúltimos colocados até o início da rodada, mas ainda com remotas chances de classificação. Com dois alas com ótima saída de jogo, Ramsés e Diego, o time poderia utilizá-los para tabelas com o pivô e aparecer no ataque para finalizar. No começo do cotejo, no entanto, o emprego do pivô não funcionava pela segunda partida consecutiva. Já fora ineficaz contra o MaXIXe e não era perfeita hoje pelo recuo do pivô, no começo, no caso, de Ângelo.

Essa inversão não planejada de posição, que levou Ramsés a provisoriamente atuar como o homem de referência no ataque, abria espaços para Adriano e Diego costurarem no meio-de-campo e dispararem várias vezes a gol. Por isso mesmo, Vettori avançou pela direita, atravessou a quadra, e da ponta esquerda finalizou para vencer Alvim pela primeira vez. 1 a 0.

A vantagem, no entanto, não durou meio minuto, pois, na saída de bola, os Abutres empataram com Reinaldo, em sua jogada mais característica. O mais impressionante e que deverá ser corrigido pelos atecubanenses-ónzimos se quiserem seguir mais adiante foi a presença de três atletas na barreira, insuficientes para parar o ataque oponente.

Nessa hora, cabeça no lugar e continuidade na movimentação em quadra e fora dela. As trocas começaram a acontecer com a frequência que programaram a fim de que o fôlego e a disposição de todos os presentes pudessem ser adequadamente utilizados.

Se os Abutres não tinham outra alternativa para o último jogo da primeira fase, então deveriam defender-se eximiamente bem, caso contrário os 'orange-noir' empurrariam-lhes cada vez mais próximos de seu própria área. E foi exatamente isso que os calouros do dia foram fazendo. Ângelo avançou e, num de seus poucos momentos atuando como um pivô de fato, chutou na saída de Alvim e ampliou o marcador. 2 a 1.

Daí em diante, os Atecubanos TM 11 encontraram dificuldades, mas não viram sua vantagem no placar ameaçada. Algumas saídas do goleiro Felipão preocuparam e quase propiciaram a posse de bola para os avantes oponentes, mas orientado a precaver-se e tocar a bola de lado nessas situações ele não chegou a deixar a torcida arrepiada.

E se os sustos foram contados, três oportunidades na etapa inicial, as oportunidades para deslanchar no marcador não foram poucas. A melhor delas esteve nos pés de um ala, Mário, que, numa clara jogada de pivô, posição que ocupou durante muitos anos, recebeu de costas, girou para a esquerda e tocou suavemente no canto esquerdo de Alvim para decretar a contagem do primeiro tempo. 3 a 1.

Com a vitória, até aqui parcial, a classificação dos 'nerancieri' estaria assegurada e o objetivo passava a ser a ampliação do saldo para assegurar a segunda posição em caso de vitória de qualquer das equipes no confronto IPM e Deztemidos. A síndrome de Chile, ao que parece, estava sendo sepultada para sempre nessa rodada, o que poderia criar condições para os bicampeões rumarem ao tri depois de quatro edições sem alcançar nem as semi-finais.

A segunda metade do embate apresentou um completo domínio dos laranjas negras e até os contra-ataques dos veteranos também bicampeões (2007 e 2007 Apertura) escassearam. Nesse embalo, a goleada foi só aumentando com Ramsés, finalizando de dentro da área e tocando no canto direito de Alvim. 4 a 1. Adriano também subiu ao ataque e movimentando-se bem no jogo, como em quase todo o Apertura 2010, avançou pela esquerda e desferiu um forte chute cruzado endereçado para o canto esquerdo superior do barbado guarda-metas adversário. 5 a 1.

Os Abutres, em alguns momentos, tentaram conter o ímpeto adversário com poucas faltas, três no total, nenhuma delas plenamente aproveitadas. Duas foram cobradas pelo kicker Persa, mas não alcançaram a meta abutreana e outra foi rolada por ele para Adriano, não chegando a incomodar os oponentes.

Mesmo sem aproveitar todas as chances criadas, o Atecubanos TM 11 não diminiu o ritmo da etapa derradeira e, a partir da segunda metade, começou a utilizar mais o trabalho do pivô. Leonardo, que até ali não estava muito aceso no jogo, como também não brilhara contra o MaXIXe, começou a ser referência para as saídas de bola de Felipão e a dar trabalho para os azuis e negros.

Antes, no entanto, dela ser efetiva, Diego ampliou o marcador em mais uma subida atecubanense-ónzima pela esquerda. 6 a 1. E para finalizar a conta, Leonardo recebeu de costas, girou sobre Leo Goulart para a direita e tocou no canto direito de Alvim. 7 a 1.

Classificação assegurada, segundo lugar quase garantido e tranquilidade para mudar o histórico das últimas edições. E, com isso, restava colocar as barbas de molho e aguardar o próximo adversário que, uma semana após a partida, continua indefinido. As possibilidades até que se encontrem 171 e Piqueteam, em jogo atrasado da 4ª rodada, são de enfrentar o próprio 171, o que será mais provável, ou o XXaVeco. De qualquer forma, os 'orange-noir' já sabem que  a partida será disputada às 11 horas do dia 16, após a pausa de Dia das Mães, mesmo horário de IPM e XXiitas.

Ficha técnica:

Atecubanos TM 11: Felipão, Adriano, Ramsés, Diego e Ângelo. Entraram: Marão, Persa e Leonardo.
Esquadrilha Abutre: Alvim, Reinaldo, Leo Goulart e Gladimir. Entrou: Rafael Bicalho.

Gols:

Atecubanos TM 11: Diego (2), Ângelo, Mário, Ramsés, Adriano e Leonardo.
Esquadrilha Abutre: Reinaldo.

domingo, abril 25, 2010

Robin Hood e a dança com MaXIXe

O título desta postagem permite, ao caro leitor, deduzir o desenrolar do enredo. Ganhar dos ricos e devolver aos pobres. Muitos exemplos recentes poderiam ser lembrados, como o assaltante que roubou R$ 26 mil do cofre de uma família 'amiga' para quem havia trocado o segredo, ou a sempre querida Lusa, que não perdeu nenhum clássico no Paulistão 2009, mas que, quase mais precisou de vencer, acabou sendo derrotada pelo Ituano e salvando o rubro-negro de Juninho Paulista do rebaixamento na última rodada.

O Atecubanos TM 11 se inspirou nas histórias acima e escreveu seu nome no Csapão Apertura 2010 como o famoso personagem das histórias dos noruegueses Irmãos Grimm. E mais uma vez ressuscitou um time que já não aspirava muita coisa na competição em razão das três derrotas sofridas nas três rodadas iniciais.

Alguns sinais indicavam desde a sexta-feira que a peleja não seria tão fácil como se poderia supor, ainda que os seis pontos de diferença entre ambos pudesse demonstrar o contrário. A Chamada Geral não confirmou as presenças de Mário, Diego e Carlão e, no meio de semana, a ausência de Lott já havia sido dado como certo. O reforço rompera o ligamento cruzado posterior de um dos joelhos e ficará afastado por dois meses.

Momentos antes da partida, Pedro Mou, que durante a semana afirmara que iria disputar posição com Samir, também informou que não estaria presente. O elenco, então, estava super reduzido, porque, além de todos esses desfalques, não contava com Persa, suspenso no jogo anterior pelo segundo cartão amarelo.

E assim foram para o jogo, com a premissa da marcação meia-quadra e, surpreendentemente, com Samir Moysés no comando de ataque. Como é de conhecimento público, nosso bufão atleta ostenta, atualmente, marca  próxima ou mesmo superior às de Ronaldo e Adriano, os protagonista do duelo da próxima quarta-feira pela Copa Libertadores da América. Seu peso oficial não foi divulgado, mas acredita-se que esteja em torno de 110 quilos.

Além dele, formaram o time que entrou, desde o início, Felipão, Adriano, Ramsés e Leonardo. Aguardou, como arma para as trocas com Samir, o Matador Minardi.

E os minutos iniciais não foram muito bons de se ver. Ambas as equipes não conseguiam executar ataques bem articulados e com real perigo aos arqueiros adversários. Da mesma forma, os pivôs não conseguiam segurar a bola em seu campo de frente para a chegada dos alas.

Como o Atecubanos TM 11 não tinha muito como mudar os atletas para mudar esse estilo de jogo que não estava dando certo, no máximo, poderia realizar a única substituição possível. Ângelo e Samir. E nessas inversões iniciais, a construção da primeira jogada de perigo atecubanense-ónzima começou na esquerda do ataque, atravessou o pivô e parou do outro lado, nos pés de Leonardo. O ala direito cortou para fora, adiantou a pelota e chutou cruzado, no meio do gol, na saída do arqueiro João Gabriel. 6° gol dele na competição. Alívio imediato. 1 a 0.

O MaXIXe, na sua característica mais latente, o toque de bola, saiu para o jogo. E, após o tento sofrido, esse passou a ser seu estratagema para furar o bloqueio adversário. Aproveitar, também, a dispersão apresentada pelos 'orange-noir', que, ainda que em vantagem, estavam irreconhecíveis. Tão fora do que se costuma esperar deles que, em jogada individual, um jogador maxixense partiu do meio-campo, avançou, ludibriou a marcação de Ramsés e Ângelo e chutou no canto esquerdo de Felipão para empatar. 1 a 1.

Não era o mesmo time que, uma semana antes, vencera o renhido cotejo contra os Impróprios. No nome até poderia ser, mas no espírito estavam longe. As chances criadas não conseguiam ser aproveitadas como o seriam em outras oportunidades. E será que pelo menos nas faltas obteriam êxito? Nesse quesito é que iriam pairar as certezas de insucesso. Afinal, o 'kicker' Persa não estava em quadra. Ele que, junto à Otávio (Deztemidos) e Melo (IPM), são considerados os maiores cobrados do Csap.

Surgiu a chance para os veteranos e parecia que Ramsés iria bater. Mas, Samir pediu a bola para si, como ele poderia lembrar de seu ídolo Zico, de Rodrigo Mendes, na final do Carioca de 1999, ou do camisa 43, do seu Mengo, Petkovic. Persa, depois do jogo, diria: "Falei para ele bater no canto do goleiro". O intrépido jogador não teve dúvidas. Soltou o pé onde fora aconselhado e eis que ela carimbou o poste direito de J. Gabriel. Azar? Não. Na sequência, a número cinco voltou no calcanhar do defensor alviverde e encontrou as redes. 1° gol do vilavelhense na competição. 2 a 1.

Na frente no placar, a equipe não mudou seu comportamento em quadra. Em outras situações, poder-se-ia dizer que isso é um mérito. No caso, esse seria um rápido caminho para o precipício futebolístico. A torcida presente, que incluía o pai do jovem Leonardo e Hugo de Abreu, goleiro da equipe, à passeio na Tropical nessa 4ª rodada, não estava vendo com bons olhos a atuação daquela manhã.

Daí viria a síndrome de Chile, pré-Loco Bielsa, e as orientações de costume e as dores-de-cabeça de sempre.

Para deixar os torcedores mais frustrados ainda não custou muito tempo. Mal começara a segunda metade,  nova investida maxixense e empate em 2 a 2. Completo desconcerto dos 'orange-noir' e o inexplicável desempenho era atribuído a todo o time. Adriano não conseguia retirar o perigo da frente da área, Ângelo não completava com precisão seus passes e Leonardo reclamava como o atacante são-paulino Washington e desestabiliza o time emocionalmente.

O tempo técnico pedido para corrigir as falhas poderia servir para evitar uma virada instantânea. Mas não obteviram seu intento. As tabelas realizadas à frente da área, como o extinto Galáticos, funcionavam muito bem e, numa dessas, Samuel encobriu Felipão e virou. 2 a 3.

Atrás no marcador, restava ao Atecubanos TM 11 fechar-se na defesa e sair nos contra-ataques. E haja fôlego para resistir à pressão alviverde. Mas há também forças que são buscadas sabe-se lá de onde. Leonardo roubou bola em sua própria área, adiantou um pouco e soltou a pelota no campo de ataque. Samir, presente na porção direita e um passo adiante do fixo adversário, dominou e chutou no canto esquerdo de J. Gabriel, em sua saída. 3 a 3.

Mas não deu tempo para muita coisa. Numa das inversões de posição, o mesmo Leonardo avançou e Samir recuou para tentar acompanhar Xicão. Não deu. Com pouco espaço e pouco à frente da área, o pivô do MaXIXe acertou chute no ângulo esquerdo superior de Felipão e jogou um balde de água fria. 4 a 3.

Ficaria pior pouco tempo depois. As tradicionais jogadas pelas laterais continuaram sendo utilizadas pelos calouros, time ainda puro-sangue (conta apenas com atletas do XIX Csap). Numa das estocadas seguintes, em subida pela esquerda, Skal cruzou e, depois de infrutíferas tentativas de afastar a Leonel da área, Xicão ficou com a sobra e ampliou a vantagem. 5 a 3.

Difícil para os 'orange-noir', não havia outra alternativa do que subir para o ataque e, assim, inverteram o posicionamento. Ângelo voltou para compor a ala e Leonardo retornou para sua posição de origem, o pivô. Não foi por isso, mas os bicampeões melhoraram seu volume de jogo. Ramsés, o melhor do time na partida, desceu pela direita, jogada que deve ser repetida com mais frequência nas próximas partidas, e, superando a marcação, cravou um chute sem defesa para o guarda-metas com ascendência oriental. 5 a 4.

Novo tempo técnico e mais diálogo para tentar alcançar o empate. O Atecubanos TM 11 reforçou a necessidade de manter o posicionamento adotado nos minutos recentes à parada. Voltaram para os minutos derradeiros, dois apenas, porém não foram eficazes. Leonardo, em duas jogadas individuais, quase chegou, mas perdeu a bola e a chance de alcançar mais um ponto para o time. Sobrou apenas um chute para o MaXIXe antes do fim do jogo e Xicão acertou o ângulo superior esquerdo de Felipão para confirmar os três pontos. 6 a 4.

Atuação sofrível dos 'orange-noir' que, para Persa, deveria ser esquecida. Talvez seja melhor lembrar dela para não ser vítima do mesmo mal na próxima semana, às 12 horas, contra os Abutres. O segundo lugar do grupo é chance concreta, mas a necessidade de se apresentar de forma distinta também o é. Caso contrário, quem conduzirá a dança será o oponente, como o MaXIXe. Melhor seria atuar ao ritmo do Cálix, nem que seja ao som da 'Dança com Devas'.

Ficha técnica:
Atecubanos TM 11: Felipão, Adriano, Ramsés, Leonardo e Samir. Entrou: Ângelo.
MaXIXe: João Gabriel, Bola, Samuel, Skal e Chicão. Entrou: Rafa Marques e Vítor.

Gols:
Atecubanos TM 11: Leonardo, Samir (2) e Ramsés.
MaXIXe: X, Samuel (2), Xicão (3)

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