sábado, dezembro 30, 2006

O que é o XI com Álcool

O XI com Álcool é a equipe de futsal que congrega os atletas mais vitoriosos da história dos campeonatos realizados pelos alunos e ex-alunos do Curso Superior de Administração Pública da Fundação João Pinheiro (CSAP/FJP).
O nome desse time é resultado da fusão de dois outros que se destacaram nas quadras csapianas até meados do ano de 2006, época em que ainda era possível ver nas disputas o Proálcool e o XI de Setembro do CSAP.
O Proálcool era composto, prioritariamente, por alunos da nona turma do CSAP, o IX CSAP, e o XI de Setembro, como pode ser deduzido, por estudantes do XI CSAP.
O Proálcool elevou sua camisa totalmente laranja ao degrau mais alto do pódio no Campeonato do CSAP de 2005 ao derrotar o XI de Setembro na final da competição por 6 a 2, numa vitória incontestável, alcançando pela segunda vez o posto de melhor equipe da Fundação João Pinheiro. Antes eles já haviam sido campeões no mesmo ano de 2005 ao se consagrarem Campeões da Copa CSAP.
O XI de Setembro do CSAP surgiu no início de 2002, ano em que seus integrantes ingressaram na Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, após um fato inusitado no mundo dos boleiros. Os alunos do XI CSAP que se consideravam com menor potencial para desempenhar um bom resultado nos campos e quadras futebolísticas preteriram os demais colegas e fundaram o Atecubanos. Aqueles que não tiveram a possibilidade de participar dessa equipe acharam uma boa iniciativa também criar sua própria equipe para que pudessem disputar as duas competições então existentes no calendário de disputas, a Copa CSAP, no primeiro semestre, e o Campeonato do CSAP, ou CSAPÃO, no segundo semestre.
O início de sua existência, no primeiro semestre de 2002, ainda sob outra denominação, não foi das mais exitosas, já que o time foi eliminado em sua primeira partida, as quartas-de-final da Copa CSAP, contra a Esquadrilha Abutres.
Porém, parece que a mudança de nome trouxe bons ventos ao Onze (como é carinhosamente chamado por seus integrantes e torcedores). Na primeira disputa com essa nova assinatura, a equipe sagrou-se campeã do CSAPÃO 2002 ao derrotar na final o O'River, composto basicamente por alunos do X CSAP e que vinha de faturar a Copa do mesmo ano.
O sucesso do XI de Setembro continuou no ano seguinte, mostrando que a conquista de 2002 não havia sido um acaso ou apenas um bom momento. A segunda participação dos ónzimos em torneios mata-mata teve um desfecho positivo com a vitória sobre o Carcará, e unificou, pela primeira vez na história csapiana, os títulos do Campeonato e da Copa.
O segundo semestre de 2003 veio e, com ele, crescia a expectativa com relação ao futebol desses jovens, que não eram mais calouros e nem surpresa para nenhum adversário. Dúvida e interrogações perpassavam as mentes dos outros concorrentes no certame: como deter Marcus "Professor" Eugênio, destaque e Chuteira de Ouro (Artilheiro) do CSAPÃO 2002. A equipe do Osπó, a outra equipe do X CSAP, talvez tenha conseguido deter o replay dessa conquista individual do boleiro do Nova Esperança, mas não fizeram o mesmo com o aspirante a Kaká, Diego Vettori, que herdou os mesmos postos alcançados um ano antes pelo companheiro de equipe. Os dois, juntamente com ótimo grupo que manteve a base do ano anterior, levou o XI de Setembro ao bicampeonato do CSAPÃO e a um lugar marcante na história do CSAP, afinal, tornara-se a primeira equipe a vencer três campeonatos consecutivamente.
O ano dos Jogos Olímpicos de Atenas, porém, não trouxe consigo o espírito do barão Pierre de Coubertin às até então principais estrelas da cena boleira dos graduandos da FJP e eles não obtiveram êxito em nenhuma das duas competições disputadas em 2004.
No primeiro semestre, o XI foi eliminado logo em sua estréia na Copa CSAP pela equipe que surgira da fusão de duas outras equipes às quais os ónzimos já havia derrotado em finais anteriormente. Naquelas quartas-de-final, os Deztemidos, fruto da junção de O'River e Osπó, infligiu a primeira derrota (considerando as disputas encerradas no tempo regulamentar) aos ingressantes de 2002, numa sonora goleada, bastante festejada pela torcida dos azuis que acompanharam a partida.
O segundo semestre não começou tão mal para a porção sóbria do XI com Álcool (pelo menos no que diz respeito a nomenclatura), já que a equipe liderou a sua chave na primeira fase até o último momento e, mesmo passando bem pela fase semi-final, não resistiu ao excelente futebol de seus futuros companheiros e, ao sofrer sua segunda derrota na história, acabou ficando com o vice-campeonato.
O ano de 2005 ficaria marcado para os XI Csapianos como um momento único, já que se tratava de seu último como alunos da douta instituição pública em que estudavam. Por isso mesmo, crescia neles o ímpeto por encerrar suas participações, pelo menos como ainda alunos, com uma indelével marca, isto é, a busca pelos dois títulos era uma questão de honra.
No entanto, o primeiro semestre não trouxe os bons frutos planejados e eles terminaram a Copa CSAP no terceiro posto, após sofreram um revés novamente contra os Deztemidos, desta vez, nas semi-finais.
Restava, então, a disputa do CSAPÃO 2006. E esse campeonato foi encarado como jamais ocorrera com os ónzimos, já que enfrentaram a tudo e a todos, no futebol e na raça, para tornarem-se os tricampeões do CSAP. No percurso para o triunfo, pode-se destacar o clássico contra o Atecubanos, memorável vitória por 12 a 1, a semi-final contra a revelação daquele ano, os Galáticos, vindos do XV CSAP e que não tiveram muito espírito esportivo para portar-se num momento de extrema tensão, e o duelo final contra o Sexta-Feira XIII, do astro Rafael. Nesse último confronto, nova vitória sobre uma equipe a quem já haviam batido na primeira fase.
Por fim, veio a Copa 2006, último torneio disputado sob o nome de XI de Setembro do CSAP, e a quarta e última derrota oficial, logo na estréia contra os seus oponentes da semi-final do CSAPÃO de 2005: 4 a 3 merecidos para os atletas do XV CSAP.
Acabada uma era, um fato marcante veio agitar o mundo do futsal daqueles da Alameda dos Oitis com Alameda das Latânias. A fusão entre o XI de Setembro do CSAP com o Proálcool estava celebrada e a perspectiva era a melhor possível, já que juntos possuíam seis dos nove últimos campeonatos disputados.
Essa união, entretanto, demorou um pouco a render frutos e a equipe acabou realizando uma campanha irregular na primeira fase do principal torneio anual do CSAP, com uma vitória, um empate e uma derrota, esta para a surpresa e revelação do torneio, o IPM (Impróprio para Menores). Mesmo aos trancos e solavancos, o novo conjunto classificou-se para a repescagem e após vencer o Sexta-Feira XIII e perder para o Fenomelístico do cada vez melhor RC, torceu pelo imponderável, vitória do Sexta-Feira por diferença inferior a dois gols de diferença. Ali, então, entrou em quadra o sobrenatural de Almeida e trouxe o único resultado possível para o XI com Álcool. Um resultado de espantar até mesmo ao saudoso Nelson Rodrigues, que não acreditaria com facilidade na eliminação da equipe do XIV CSAP, que vinha apresentando o melhor futebol da competição até então.
O novo time percebeu que " ... até aqui o Senhor nos ajudou" (PERSICHINI, 2006), mas que, a partir daquele momento, não poderiam acreditar que o resultado positivo seria alcançado sem os maiores esforços possíveis. Sabiam que não estavam no melhor de sua forma técnica e física, mas não tinham outra escolha a não ser jugar a todo se quisessem voltar a sentir o êxtase a que haviam chegado anos antes. E deram tudo de si para derrotar seu carrasco da primeira fase, o IPM, com uma vitória por 4 tentos a 1, com uma atuação impecável.
Chegara a hora da verdade, o tira-teima entre os "mais velhos" (GALÁTICOS, 2006) contra o então campeão da Copa CSAP em um jogo já considerado clássico, XI com Álcool x Galáticos. O XI com Álcool trouxe seus integrantes de todos os recônditos cantos do Brasil: o Agente Carlão da PF e o representante do STN, Édson, vieram de BSB, Guilherme, deu um tempo nas atividades petrolíferas no Rio, e houve uma estrutura de substituição dos atletas e sua disposição tática em quadra que aniquilaram quaisquer possibilidades de reação dos adversários. Os empates alcançados pelos Galáticos em 1 a 1 e em 2 a 2 pararam por aí, haja vista que os "mais velhos" partiram para a vitória como se fosse o primeiro título deles. Pode não ter sido o primeiro título individual de nenhum dos participantes da conquista, mas foi a primeira vez que o XI com Álcool cravou suas garras na nova taça do CSAPÃO. E que venha o próximo embate"!