sábado, maio 15, 2010

Ora della vendetta?

As quartas-de-final novamente se avizinham e reservam um encontro ocorrido no Apertura 2008, mas, agora, em condições bem distintas de quatro campeonatos atrás. Atecubanos TM 11 (à época XI com Álcool) e 171 duelaram pela vaga às semi-finais com campanhas quase opostas naquele torneio. Os veteranos haviam terminado em quarto lugar em seu Grupo A, com seis pontos, e os calouros encerraram aquela primeira fase com a liderança do Grupo B, com 13 pontos e invictos. Desta vez, a melhor campanha é a dos 'nerancieri', segundos colocados do Grupo A, com 9 pontos, contra o terceiro posto dos 'bucaneiros', no Grupo B, com os mesmos 9 pontos e o melhor ataque da primeira fase, 41 gols.

Os atores que encenarão essa peça se distinguem um pouco daqueles que atuaram no confronto citado e, ainda, no duelo seguinte, válido pelo Clausura 2008. No dia 15 de junho, os onzeacoolicos contavam com nomes como Felipe Rocha, Ângelo, Persa, Diego, Marcus, Leonardo, Adriano e Felipão. Desses, apenas Felipe Rocha pendurou suas 'chuteiras'. Em contrapartida, Samir e Ramsés fazem parte do elenco atual. Os 'bucaneiros' incorporaram Rauen, no último semestre, e, com a partida dele para o Piqueteam, trouxeram Péu, artilheiro formado no At&T e com passagens pelo Sexta-Feira XIII e Galáticos. Além dele, o arqueiro Mairon deu lugar, em alguns jogos, a Welson Kleiton Antônio, formado no Fenomelístico e com atuações pelo Socanelas, ambos do XIV Csap.

A decisão que contou com os dois times terminou empatada em 3 a 3 e foi resolvida nos tiros livres da marca do pênalti. E quase permaneceu empatada em 3 a 3 também nessa disputa, mas Felipe Rocha, na última cobrança, acertou o poste esquerdo de Mairon. Como o embate diante do XoXota, parece que ainda há contas a serem pagas. A mesa está posta para o acerto, amanhã, às 11 horas, na Tropical Academia. Capisconno?

segunda-feira, maio 10, 2010

Clássico mais antigo do Csap permite 'orange-noir' colocar as barbas de molho e aguardar adversário das quartas

02 de maio de 2010. Classificação assegurada sem nem precisar saber o resultado do duelo entre os Deztemidos e o IPM. Claro que o placar desse encontro definirá se os 'orange-noir' terminarão a primeira fase em segundo ou terceiro lugar no Grupo A, mas o mais importante foi garantir-se nas quartas-de-final e poder respirar aliviado mais cedo.

A cortesia no confronto entre as equipes mais veteranas do Csap imperou desde o início, que se deu após as 10 horas estipuladas no calendário divulgado pelo D.A. A dificuldade da Esquadrilha Abutre em contar com o número mínimo de atletas para dar início ao certame quase levou à confirmação do primeiro W.O. da competição. O descrédito não aconteceu e, surpreendentemente, ficou para os calouros do XXaVeco, que estavam em segundo no Grupo B e poderiam, caso vencessem o Bento XVI, findar a fase inicial na primeira colocação. Mas em cima da hora, quando o árbitro já havia advertido sobre o avançado da hora, Leo Goulart apareceu e permitiu o início do prélio. No meio da etapa inicial chegaria também Rafael Bicalho, acordado pelos companheiros no horário em que iniciaria a partida.

Os Abutres ainda não contaram com os dois arqueiros. Tanto Carlos como Renê haviam avisado, com antecedência, que não compareceriam, assim Thiago Alvim assumiu a posição, mesmo em embriaguez que poderia ser sentida à distância.

Contra a Esquadrilha, o Atecubanos TM 11 sabia que não adiantaria utilizar a marcação meia-quadra, porque essa era exatamente a arma dos adversários. Se lançassem mão dessa iniciativa, correriam o risco de ver um jogo enfadonho e terminado sem gols. Mais do que isso, estava claro que os únicos atletas mais veteranos que eles dispenderiam a maior parte do tempo tocando a bola e aguardando ser atacados para sair em contra-ataques nada organizados, que incluíam, inclusive, as saídas de Alvim.

Mesmo sabendo de toda essa história, os 'nerancieri' tiveram que se acertar em quadra antes de partir decisivamente para cima dos oponentes, penúltimos colocados até o início da rodada, mas ainda com remotas chances de classificação. Com dois alas com ótima saída de jogo, Ramsés e Diego, o time poderia utilizá-los para tabelas com o pivô e aparecer no ataque para finalizar. No começo do cotejo, no entanto, o emprego do pivô não funcionava pela segunda partida consecutiva. Já fora ineficaz contra o MaXIXe e não era perfeita hoje pelo recuo do pivô, no começo, no caso, de Ângelo.

Essa inversão não planejada de posição, que levou Ramsés a provisoriamente atuar como o homem de referência no ataque, abria espaços para Adriano e Diego costurarem no meio-de-campo e dispararem várias vezes a gol. Por isso mesmo, Vettori avançou pela direita, atravessou a quadra, e da ponta esquerda finalizou para vencer Alvim pela primeira vez. 1 a 0.

A vantagem, no entanto, não durou meio minuto, pois, na saída de bola, os Abutres empataram com Reinaldo, em sua jogada mais característica. O mais impressionante e que deverá ser corrigido pelos atecubanenses-ónzimos se quiserem seguir mais adiante foi a presença de três atletas na barreira, insuficientes para parar o ataque oponente.

Nessa hora, cabeça no lugar e continuidade na movimentação em quadra e fora dela. As trocas começaram a acontecer com a frequência que programaram a fim de que o fôlego e a disposição de todos os presentes pudessem ser adequadamente utilizados.

Se os Abutres não tinham outra alternativa para o último jogo da primeira fase, então deveriam defender-se eximiamente bem, caso contrário os 'orange-noir' empurrariam-lhes cada vez mais próximos de seu própria área. E foi exatamente isso que os calouros do dia foram fazendo. Ângelo avançou e, num de seus poucos momentos atuando como um pivô de fato, chutou na saída de Alvim e ampliou o marcador. 2 a 1.

Daí em diante, os Atecubanos TM 11 encontraram dificuldades, mas não viram sua vantagem no placar ameaçada. Algumas saídas do goleiro Felipão preocuparam e quase propiciaram a posse de bola para os avantes oponentes, mas orientado a precaver-se e tocar a bola de lado nessas situações ele não chegou a deixar a torcida arrepiada.

E se os sustos foram contados, três oportunidades na etapa inicial, as oportunidades para deslanchar no marcador não foram poucas. A melhor delas esteve nos pés de um ala, Mário, que, numa clara jogada de pivô, posição que ocupou durante muitos anos, recebeu de costas, girou para a esquerda e tocou suavemente no canto esquerdo de Alvim para decretar a contagem do primeiro tempo. 3 a 1.

Com a vitória, até aqui parcial, a classificação dos 'nerancieri' estaria assegurada e o objetivo passava a ser a ampliação do saldo para assegurar a segunda posição em caso de vitória de qualquer das equipes no confronto IPM e Deztemidos. A síndrome de Chile, ao que parece, estava sendo sepultada para sempre nessa rodada, o que poderia criar condições para os bicampeões rumarem ao tri depois de quatro edições sem alcançar nem as semi-finais.

A segunda metade do embate apresentou um completo domínio dos laranjas negras e até os contra-ataques dos veteranos também bicampeões (2007 e 2007 Apertura) escassearam. Nesse embalo, a goleada foi só aumentando com Ramsés, finalizando de dentro da área e tocando no canto direito de Alvim. 4 a 1. Adriano também subiu ao ataque e movimentando-se bem no jogo, como em quase todo o Apertura 2010, avançou pela esquerda e desferiu um forte chute cruzado endereçado para o canto esquerdo superior do barbado guarda-metas adversário. 5 a 1.

Os Abutres, em alguns momentos, tentaram conter o ímpeto adversário com poucas faltas, três no total, nenhuma delas plenamente aproveitadas. Duas foram cobradas pelo kicker Persa, mas não alcançaram a meta abutreana e outra foi rolada por ele para Adriano, não chegando a incomodar os oponentes.

Mesmo sem aproveitar todas as chances criadas, o Atecubanos TM 11 não diminiu o ritmo da etapa derradeira e, a partir da segunda metade, começou a utilizar mais o trabalho do pivô. Leonardo, que até ali não estava muito aceso no jogo, como também não brilhara contra o MaXIXe, começou a ser referência para as saídas de bola de Felipão e a dar trabalho para os azuis e negros.

Antes, no entanto, dela ser efetiva, Diego ampliou o marcador em mais uma subida atecubanense-ónzima pela esquerda. 6 a 1. E para finalizar a conta, Leonardo recebeu de costas, girou sobre Leo Goulart para a direita e tocou no canto direito de Alvim. 7 a 1.

Classificação assegurada, segundo lugar quase garantido e tranquilidade para mudar o histórico das últimas edições. E, com isso, restava colocar as barbas de molho e aguardar o próximo adversário que, uma semana após a partida, continua indefinido. As possibilidades até que se encontrem 171 e Piqueteam, em jogo atrasado da 4ª rodada, são de enfrentar o próprio 171, o que será mais provável, ou o XXaVeco. De qualquer forma, os 'orange-noir' já sabem que  a partida será disputada às 11 horas do dia 16, após a pausa de Dia das Mães, mesmo horário de IPM e XXiitas.

Ficha técnica:

Atecubanos TM 11: Felipão, Adriano, Ramsés, Diego e Ângelo. Entraram: Marão, Persa e Leonardo.
Esquadrilha Abutre: Alvim, Reinaldo, Leo Goulart e Gladimir. Entrou: Rafael Bicalho.

Gols:

Atecubanos TM 11: Diego (2), Ângelo, Mário, Ramsés, Adriano e Leonardo.
Esquadrilha Abutre: Reinaldo.