domingo, novembro 07, 2010

Orange-noir vencem e convencem contra os Galáticos, mas não levam a vaga

Depois dos dois últimos resultados dos orange noir não comentados por este Blog, as informações sobre a equipe são retomadas no confronto decisivo contra os Galáticos realizado neste domingo, às 11 horas, na Tropical Academia.

Após a derrota para os líderes de sua chave, o MeiaNove, por 12 tentos a 10, em partida válida pela 5ª rodada, disputada no dia 17 de outubro (ver mais informações ao final deste post), e da vitória creditada por 1 a 0 sobre o XXVIduzir, na 6ª rodada, em 24 de outubro, pela eliminação dos calouros fruto do W.O. contra o MaXIXe na rodada anterior, os veteranos atletas se prepararam física e mentalmente para decidir a vaga na última oportunidade que lhes restava.

A primeira providência da manhã era a de torcer por uma vitória por ampla margem de gols do XoXota contra os concorrentes diretos, os Deztemidos. Antes do início da 7ª e derradeira rodada, o time do X Csap apresentava 9 pontos e -2 de saldo contra 6 pontos e -11 de saldo do XI com Álcool.

A torcida pela 'Salmão Endiabrado' foi relativamente bem sucedida, já que os tricampeões venceram sua partida por 11 a 6, diferença que poderia ter sido maior. Talvez tenha contribuído para a 'exígua' vantagem o fato dos representantes do XX Csap já estarem previamente classificados e buscando apenas confirmar o segundo posto na chave.

Com o resultado, os nerancieri teriam como missão vencer os Galáticos por 4 gols de diferença para avançar às quartas-de-final ou encerrar a primeira fase em quinto no Grupo e repetir o desempenho obtido no Apertura 2009, quando também não ultrapassaram a fase preliminar.

A disputa, no entanto, não dava indícios de que seria fácil, mesmo porque, pelas informações obtidas durante a semana, ambos entrariam com apenas os cinco homens necessários para dar início à partida, não contando, portanto, com nenhum reserva para propiciar o revezamento.

O XI com Álcool, com 12 atletas inscritos, contou com toda a sorte de adversidade para não poder contar com sete de seus nomes. Em viagem, Bruno e Diego não puderam comparecer, mesma razão para a ausência do pivô Carlão, em Foz do Iguaçu, e Felipão, no andino Peru. Édson necessitou permanecer na capital federal e somou mais um atleta a menos. Ramsés estava escalado para acompanhar o francês David Guetta, em Santa Luzia, mas, mesmo com o cancelamento do show pela chuva ocorrida ontem, não confirmou presença. E, por fim, Thiago 'RC' Cançado, recuperando-se de cólica renal, não pode fazer sua tão falada e adiada estreia.

Dessa forma, postaram para o duelo, Mário, no gol, Adriano, Lott, Leonardo e Persa, pelos orange-noir. Pelos antes "All Blacks" e agora "All Whites", no rolar inicial estavam presentes Tulin, Marcus Vinícius, Rauen, X e Dudu.

As partidas dos veteranos multicampeões como, de costume, nunca começam em banho-maria, seja para o bem ou para o mal. Um time que, principalmente no início do Clausura 2010, mostrou que precisa aperfeiçoar seu sistema defensivo, mas que apresenta um ataque fulminante. E essa antítese rapidamente foi expressa contra os Galáticos.

Nos primeiros minutos, os estudos habituais e a alternância na posse de bola. Até acertar bem a marcação, os nerancieri cometeram algumas faltas. Ainda que não fosse o guarda-metas da equipe, Mário tentava orientar a barreira quanto ao posicionamento, já que Luís Rauen sempre se destacou por um poderoso chute. Mas a armação dos dois homens solicitada pelo arqueiro não foi o suficiente para parar o disparo do nômade jogador cspiano, que cobrou forte no ângulo esquerdo superior para abrir o marcador. Galáticos 1 a 0.

O gol não poderia, de forma alguma, abater os multicampeões, pois não havia outra forma de buscar a classificação que não a virada no placar e em grande estilo. Então, o que lhes restava era fazer o que havia sido combinado antes da partida. Neste dia, independente do erro que o companheiro cometesse, o fundamental era incentivá-lo para elevar o moral de cada um.

Com esse espírito, deu-se a reposição de jogo e iniciou-se uma sucessão de ataques ónzimo-alcoolianos. Em uma dessas chances, a equipe conquistou um escanteio, que foi cobrado para o arqueiro Mário. A jogada era amplamente utilizada quando se lançava mão do gol-linha, o que não foi o caso do embate de hoje, mas sua utilidade era muito grande em se tratando de um jogador de linha, um pivô, exercendo a função de arqueiro. O camisa 1 desferiu um violento chute de trás do meio-campo e, após a bola ainda desviar em um adversário, sem mudar sua trajetória, balançou as redes. 1 a 1.

Nesse momento em que o jogo já mostrava suas emoções latentes, os Galáticos já contavam com o goleiro Léo, que havia chegado um pouco depois, e o fixo Diego, aguardava, no banco de reservas, para dar sua contribuição à equipe.

A pressão do XI com Álcool, então, assumiu ares sufocantes, graças, principalmente, à agilidade de Lott e Leonardo nos contra-ataques e à boa capacidade de Persa que, embora escalado como pivô, voltava para complementar os espaços nas alas quando das subidas dos companheiros. E foi assim que buscaram a virada no placar. Lott recebeu bola na direita pelo ataque e ganhou do adversário na corrida, tocando a bola na entrada da área para Leonardo. O camisa 14 nem ajeitou e, de primeira, finalizou de perna direita no meio do gol para fazer 2 a 1.

A vantagem, no entanto, não arrefeceu os ânimos dos "All Whites" que, ainda que previamente classificados, não queria, de modo algum, perder a partida considerada um clássico csapiano e que já decidiu Csapões em anos de antanho. As saídas de bola ficavam a carga de Marcus Vinícius e de Luís Rauen que, após dar o primeiro passe, posicionavam-se para recebê-la mais à frente. Numa saída bem sucedida, a bola sobrou para Marcus na área aproveitar o rebote da defesa de Mário e empatar o jogo. 2 a 2.

O arqueiro confirmaria após os quarenta minutos que sentira um leve abalo na confiança após sofrer os dois gols. E essa confiança declinaria um pouco mais minutos após o empate, já que em ataque que sobrou para o mesmo Marcus, no mesmo lado direito da quadra, o goleiro orange-noir aceitou um chute sem muita força e de fora da área, concedendo, assim, o 3 a 2.

Parecia, àquela altura, que os veteranos, mesmo sem reservas, não teriam como se poupar em quadra, já que o resultado não os vinha favorecendo até ali e não conseguiam se manter à frente do placar a fim de poderem trabalhar a posse de bola com mais tranquilidade antes de se aventurarem ao ataque. E, como não tinham outra escolha, rumaram para tentar mudar os números do jogo. As trocas de bola no campo de ataque eram rápidas e razoavelmente bem sucedidas, mas para driblar a marcação era preciso, justamente, dos dribles, das jogadas inesperadas. Leonardo aproveitou para colocar em prática aquilo que vinha apresentando nos sábados pela manhã nas quadras do Bonfim, dribles e finalizações desconcertantes. Assim, ele recebeu na direita, encarou a marcação de Diego a uma certa distância, puxou para a esquerda e com a canhota chutou no encontro do 'v' do poste esquerdo de Léo. A pelota bateu lá e caiu nas redes. 3 a 3, resultado do primeiro tempo.

O intervalo serviu para deixar claro para os nerancieri que o que precisariam desenvolver no jogo, no retorno para o segundo tempo, era justamente aquilo que fizeram na metade inicial e, principalmente, finalizar mais a gol, já que as tentativas realizadas foram bem sucedidas.

E a volta para o último tempo não se deu, como já se poderia esperar, em versão low profile. Se restavam apenas vinte minutos para retirar uma diferença de quatro gols, a única coisa a fazer era buscar a meta adversária. O rival, inclusive, deixava cada vez mais espaços em sua defesa por atacar e não conseguir estar de novo em sua defesa para evitar o domínio de algum jogador dos multicampeões. Assim, Mário lançou Leonardo, na entrada da área dos Galáticos, e o pivô, que começou a partida como ala mas que virou novamente pivô, posição na qual mais rende, durante o confronto, dominou com a direita e já girou batendo de esquerda e superando Léo com a bola passando debaixo de suas pernas. 4 a 3 e mais uma virada.

Daí para a frente, o XI com Álcool dominou o jogo durante longos minutos e partiu para a promoção de estragos na defesa oponente. Os contra-ataques, frutos de roubadas de bola no meio-campo eram frequentes, e resultavam em ótimas e perigosas jogadas para os laranja e negros. Lott estava reiteradamente presente nelas e, em um exemplo disso, ele disparou pela esquerda, foi até a linha de fundo e cruzou para a área. A número cinco passou do goleiro e alcançou Persa, que só teve o trabalho de empurrá-la para fazer 5 a 3.

E não parou por aí, não. A porção da cancha em que a marcação veterano mais se dava bem era na região próximo ao círculo central e foi justamente lá que os Galáticos perderam uma dividida e pediram falta. Os veteranos ainda hesitaram um instante aguardando qualquer marcação do árbitro, mas, como ele não assinalou nenhuma infração, Leonardo, dali mesmo, encheu o pé direito para ampliar o marcador. 6 a 3.

O placar ia se aproximando das necessidades para a classificação, mas o desgaste físico também ia evoluindo com as constantes idas e vindas. Não por isso, mas por não conter o alto jogador do Galáticos, Tulin, é que a equipe permitiu que em ataque tradicional dos adversários, com troca de passes, próximo a área, o quarto gol surgisse. A tabela que resultou na diminuição da vantagem foi realizado por dois jogadores na área contra o único oponente, o goleiro Mário. 6 a 4.

Parece, no entanto, que foi um lance isolado de desatenção, porque, em seguida, o XI com Álcool recarregou suas baterias contra a armada inimiga. Adriano passou a subir ao ataque com mais frequência, ora na companhia de Persa, ora na companhia de Leonardo. Numa cobrança de tiro de canto por esse último, Lott recebeu na direita e cruzou na cara do gol para seu companheiro fixo ampliar a vantagem. 7 a 4.


E para incendiar as arquibancadas, que contavam com os atentos adversários e concorrentes dos Deztemidos, o mesmo Adriano saiu driblando e, ao entrar na área, chutou no canto esquerdo do arqueiro Léo para marcar 8 a 4, vantagem que assegurava até então a passagem às quartas.

A equipe chegou a pedir tempo técnico para tentar dar um descanso e permitir a busca pela manutenção do resultado, mas antes teria que esperar estar com a posse de bola para poder usufruir de seu direito. No entanto, antes da parada solicitada, não foi possível conter o ala Dudu, que recebeu passe na direita de seu ataque e fez o quinto gol da equipe. 8 a 5.


O tempo serviu apenas para reforçar que a vantagem era plenamente possível e que era necessário manter o ritmo se quisessem retomá-la.


Mas a desatenção tomou conta da equipe durante mais alguns instantes e um deles foi permitir que Rauen se adiantasse da marcação, ainda que deixando o braço que atingiu o queixo do marcador Leonardo e que não foi vista pelo árbitro, antes de chutar cruzado no canto direito de Mário para fazer o sexto de sua equipe. 8 a 6.


Com o relógio se aproximando do final, o ritmo alucinante e que custava as pernas dos ónzimos-alcoolianos prosseguiu para a construção de uma nova vantagem. Com isso, Persa adiantou-se e recebeu passe na esquerda do ataque, onde encheu o pé para acertar chute cruzado nas redes adversárias. 9 a 6.


Faltava apenas um, mas, apesar do esforço, a dificuldade e a sorte não conspiravam a favor dos multicampeões. Sair com tudo também criava condições do adversário montar seu contra-ataque com tudo e isso aconteceu mais duas vezes A primeira, em uma roubada de bola no campo defensivo dos Galáticos, que Tulin dominou e lançou Dudu para tocar para as redes. 9 a 7. E a segunda, em outro lançamento, só que agora para Rauen, que aplicou um lençol em Mário e completou para as redes. 9 a 8. Placar final oficial do jogo.


Apesar do toda a dedicação dos veteranos, a eliminação chegou mais cedo do que esperavam, mas, desta vez, deixavam o torneio de cabeça erguida pelo desempenho convicente na despedida, diferentemente dos 11 a 2 sofridos para o XoXota no Apertura 2009. Cabe agora, cumprirem a promessa, que vem sendo feita há vários anos, de praticar o futebol juntos durante as semanas. Bons sinais são vistos com a participação de Adriano e Leonardo em uma permanente rodada às terças-feiras na Vilarinho. Quem sabe, então, os resultados possam ser mais positivos em 2011. É aguardar para ver.


Ficha técnica:
XI com Álcool: Mário (1), Adriano (5), Lott (6), Leonardo (14) e Persa (10).
Galáticos: Tulin (5), Marcus Vinícius (10), Luís Rauen (24), X e Dudu (69). Entraram: Léo (1) e Diego.


Gols:
XI com Álcool: Mário, Leonardo (4), Persa (2) e Adriano (2).
Galáticos: Luís Rauen (3), Marcus Vinícius (2), Tulin e Dudu (2).