domingo, setembro 27, 2009

Derrota para Abutres pode significar fim de linha para as 'Viúvas do Professor'

O Atecubanos Onze não repetiu a boa atuação da segunda rodada e foi derrotado pela Esquadrilha Abutre por 7 a 5, minimizando suas chances de alcançar as quartas-de-final da competição. Para não depender de uma combinação de resultados, terá de vencer os dois jogos restantes contra o IPM, no próximo domingo, às 11 horas, e dia 17, contra os XXiitas. A vitória em apenas um dos jogos levará os orange-noir a torcer para que seus adversários mais diretos na briga pela vaga tropecem.

A partida desta manhã foi um retrato fiel do que aconteceu na estreia contra o Maxixe, embora desta feita a equipe tenha tido vantagem maior durante alguns momentos do confronto e inspirado reações mais esperançosas da torcida. Pela primeira vez na temporada, a Falange Neranciera fez-se representar por sua ala feminina, graças às companheiras de Diego Vettori e de Camillo Fraga (o da Retíficas Camillo).

A equipe do IX e XI Csap's abriu o placar em poucos minutos, em chute cruzado de Carlão da ponta direita. Minutos depois, Daniel Didi Nogueira ampliou o marcador em forte chute desferido do meio da quadra. 2 a 0. Aí a pressão abutreana começou a se fazer sentir. Comandados no setor ofensivo por Serginho e Thiago Alvim, os nerazzurri não davam trégua a defesa adversária e, em um desses avanços, diminuíram a diferença no marcador. Mas os atecubanense-ónzimos estavam, àquela altura, focados no jogo e Camillo, ausente por mais de três anos, recebeu passe entre dois oponentes e chutou na saída de Carlos para ampliar para 3 a 1.

Após esse início promissor, 'a casa começou a cair' para o lado mais calouro da história. Com reiteradas deficiências no sistema defensivo desde o primeiro jogo, os orange-noir voltaram a sofrer para tentar parar as investidas veteranas. Os insucessos foram se acumulando e, da mesma forma, o número de vezes em que seu gol foi vazado. O empate dos Abutres foi questão de tempo, devido, entre outros fatores, a erros básicos cometidos pela equipe, como a dificuldade persistente de posicionamento em cobranças de falta sofridas e em escanteios pró ou contra. O exemplo mais característico disso foram duas bolas na trave sofridas, uma delas que passou no meio da barreira, aberta como sempre, mesmo com a presença de três jogadores mais o goleiro.

Abalados pelo trauma, o Atecubanos Onze se lançou ao ataque e criou inúmeras oportunidades de gol com Marão, embora nenhum de seus disparos cruzados tenha sido concluído com a precisão necessária. A marcação do quarto gol veio em jogada ensaiada há anos e conhecida da história csapiana. Adriano, após falta sofrida, deu lugar a Gustavo Persa Persichini, exímio cobrador, somente para a execução do lance. A barreira posicionou-se da mesma forma como vinha se apresentando aqueles formadas pelos orange-noir e Persa soube calibrar o chute no canto direito de Carlos e recolocar seu time em vantagem. Desigualdade que, no entanto, não durou muito. Faltando pouco para o final da primeira etapa, desatenção caloura na cobrança de escanteio deixou Serginho apto a dominar e girar sobre o goleiro Felipão para encobri-lo e empatar a partida que foi para o intervalo em 4 a 4. O placar era o mesmo da virada para o segundo tempo contra os maxixenses, o que trazia preocupação aos bi-campeões.

Durante o intervalo, discutiu-se a respeito das formas de se estancar as investidas rivais, principalmente quanto à atuação de Thiago Alvim, principal nome dos Abutres. De um lado, dizia-se que era preciso mais disposição, principalmente nas divididas, de outro, conclamava-se à maior atenção no posicionamento tático e na saída de bola.

A segunda etapa começou equilibrada e os gols não surgiram tão céleres como nos primeiros vinte minutos. Mas, quando surgiram, vieram em um átimo de segundo. Em estocadas inesperadas, Thiago Alvim marcou o quinto e o sexto gols e completou a desestabilização do Atecubanos Onze. Depois disso, mudanças foram feitas em todos os setores e os bicampeões conseguiram reduzir a desvantagem com mais um gol de Carlão, seu segundo. Começavam, então, a voltar para o jogo. Começavam, porque o 'efeito bumerangue' voltou a tomar conta e, seguindo tentativa frustrada de empatar a partida, o escrete sofreu a ducha de água fria do sétimo gol. 7 a 5 . Não houve tempo para mais nada, somente para assistir os gritos da Esquadrilha Abutres de que eles eram fregueses.

Por ora, os orange-noir seguem na quarta colocação do Grupo A, com 3 pontos e 8 gols de saldo, como mostra a tabela a seguir:


GRUPO A

Time
PG
J
V
E
D
GF
GC
SG
1
Xxiitas
9
3
3
0
0
26
7
19
2
Maxixe
7
3
2
1
0
18
16
2
3
IPM
4
3
1
1
1
20
7
13
4
Atecubanos XI
3
3
1
0
2
27
19
8
5
Abutres
3
3
1
0
2
18
21
-3
6
João XXIII
0
3
0
0
3
8
47
-39



A constatação mais dura para os atecubanense-ónzimos é que um de seus principais pontos fortes, a saída de bola, hoje é um de seus problemas mais agudos. A 'Marcusdependência' é notada a cada vez que se enfrentam adversários mais qualificados e suas ausências, por razões de dificuldade de deslocamento e pelo trabalhamento de recuperação física e musuclar, são sentidas nitidamente. E o mais inusitado é que a data deveria representar um presente ao craque que aniversaria amanhã.

Ficha do jogo:

Atecubanos Onze: Felipão, Adriano, Didi, Leonardo e Carlão. Entraram: Diego, Persa, Marão, Camillo.
Gols: Carlão (2), Didi, Camillo e Persa.

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