domingo, setembro 20, 2009

Abençoados por João XXIII, tempo de glórias é relembrado pelo Atecubanos Onze

O segundo jogo disputado na Quadra 02 da Tropical Academia proporcionou à torcida presente um número expressivo de gols e disposição. Os presentes puderam acompanhar a primeira vez de Atecubanos Onze e João XXIII num encontro que começaria a delinear o futuro de ambos na competição. Uma derrota significaria mais um carimbo na caderneta rumo ao Troféu Newtão, atualmente de posse do extinto Black Jack, e a expectativa de praticamente só cumprir tabela até o final da primeira fase.

Coincidentemente, tanto veteranos como calouros trouxeram para o certame sete atletas de cada lado, o que, se não representa a plenitude de seus inscritos, pode ser considerado na tradição bíblica como o número que simboliza a totalidade das coisas do mundo. Exemplos não faltam de que a quantidade não é o único fator de relevância em uma situação, muitas das vezes sendo apenas uma ilusão de superioridade. Antes da partida, a afirmação mais recorrente era de que ali estavam presentes aqueles que assumiram seu compromisso de acordar bem cedo ou mesmo de não dormir para manter seu nome e sua honra intactos.

O Atecubanos Onze sofreu com ausência de inúmeros integrantes dispersos pelos mais diferentes rincões do país. O goleiro Felipe Ansaloni, presença outrora confirmada para o prélio deste domingo, teve que atender a um chamado em seu torrão natal, Mariana, a mais antiga cidade de Minas, e informou minutos antes que não seria possível alcançar a capital a tempo de entrar em quadra. O titular da formação orange-noir na estreia, Samir Moysés, também desfalcou a equipe nesta data em virtude de visita à uma prima florianopolitana, em viagem marcada na sexta-feira, de última hora.

E a relação de ausências não se extinguiu aí. Uma delegação formada pelos alas Diego Vettori, Adrian Batista, Diogo Oscarrasco e o ala/pivô Bruno Alencar teve destino semelhante ao do 'Turco 171', embora as razões apuradas tenham sido distintas. Os quatro onzecsapianos estavam inscritos para participar de congresso marcado de segunda a quarta na capital catarinense e não puderam se apresentar para as disputas na terra das alterosas.

Felipe Rocha, fixo que confirmou seu retorno às quadras para hoje, está sendo procurado pelo Secretariado-Geral da instituição e, de forma semelhante aos quatro anteriores, poderá ter seus vencimentos nos órgãos e entidades em que trabalham reduzidos em 20% dada a falta de comunicado formal pelo não comparecimento.

A partida marcou, isso sim, a reapresentação de Pedro Mou, lendário fixo atecubanense, presente nas melhores formações da equipe 'Panis et Circensis'. Acompanhado pelo novo mascote do time, o jovem Teodoro (foto abaixo), o cidadão pradense teve participação ativa no duelo com os auribrancos.


E a segunda rodada foi, possivelmente, o ponto de inflexão nas agruras ortopédicas por que passou o craque Marcus Professor Eugênio. Em tratamento na capital federal, o destaque orange-noir resolveu testar sua recuperação física realizada há algum tempo e tentar participar o máximo possível da partida. Ele era a surpresa anunciada na última sexta-feira no Blog do XI com Álcool e, como se esperava, foi confirmado pelo capitão quarenta minutos antes da bola rolar.

A partida, em si, não trouxe muitas dificuldades ao elenco do Atecubanos Onze, haja vista que em poucos minutos de partida pode-se perceber seu domínio ao abrir 3 a 0, com os dois primeiros gols de Leonardo e o terceiro de Marão. O começo do prélio apenas reiterou uma observação feita na rodada inicial, a equipe conseguira recuperar seu poderio ofensivo e voltar a finalizar de forma eficaz.

Confirmou, da mesma forma, que o sistema defensivo, o qual, no futsal, envolve todos os atletas em quadra, necessita de uma organização mais compacta. O gol anotado pelo calouro André, camisa 13, em chute cruzado da esquerda  demonstrou que a defesa ainda não encontrou o acerto ideal e continua frágil em certos momentos.

O descuido defensivo, no entanto, não desestabilizou o escrete veterano que seguiu em investidas implacáveis sobre os, até então, lanternas da chave. Os tentos foram saindo em profusão e foram assinalados por Leonardo, Persa, Professor (3), sendo que o último seguiu ao segundo gol convertido em outro chute do lado esquerdo da entrada da área do Atecubanos Onze, mais uma vez com André.

O placar de 8 a 2, informado pela mesa, trouxe questionamentos dos vencedores da metade inicial, que entendiam que a vantagem seria de um gol a mais. Dirigiram-se ao juiz, justificando que o placar correto seria de 9 a 2, mas não houve interferência no resultado anotado.

O árbitro, inclusive, foi um dos personagens novos da rodada. As inúmeras reclamações provenientes de praticamente todos os times participantes levou à convocação de outros três novos nomes para apitar e o resultado parece ter agradado a todos.

O retorno dos cinco minutos de paralisação entre um tempo e outro não modificou em nada a atitude orange-noir, que recomeçou com a formação que iniciara os vinte minutos iniciais (Hugo, Mou, Professor, Marão e Leonardo) e o mesmo ritmo avassalador. A ampliação do marcador não demorou a acontecer e veio pelos pés dos mesmos autores da primeira etapa: Leonardo (3), Professor, Marão (2) e Persa.

Após abrir 15 a 2, houve uma desestruturação no front do Atecubanos Onze e que permitiu um esboço de reação, com a marcação de um tento pelo 11, Gustavo, e outro pelo 1, Léo B. Mas depois não houve tempo para mais nada. Final de jogo. 15 a 4.

Ao final do jogo, o Professor se manifestou quanto à necessidade de aprimoramento físico dos vencedores para as próximas rodadas, nos duelos contra Esquadrilha Abutres, IPM e XXiitas, respectivamente, em 27 de setembro, 04 e 18 de outubro.

Louvor também foi concedido ao goleiro Hugo que, chamado às pressas, compareceu no local do jogo para disputá-lo desde o início e contribuir para o resultado positivo. Segundo o mesmo, necessitou deslocar-se de táxi para perder o horário marcado.

Com o resultado, o Atecubanos Onze confirma o terceiro posto, atrás do XXiitas (6 pontos e saldo de + 6), do Maxixe (6 p. e saldo + 2) e do IPM (3 p. e saldo + 13). Os bicampeões do Csap somam 3 pontos e possuem saldo + 10.

Atecubanos Onze: Hugo, Pedro Mou, Marcus Professor Eugênio, Marão e Leonardo. Entraram: Adriano Agrião Otávio e Gustavo Persa Persichini.

Data: 20/09/2009 (domingo)
Local: Tropical Academia (Avenida Ressaca, 360, Coração Eucarístico)

Assista abaixo a um trecho do jogo, em filmagem realizado pelo irmão e procurador do Professor, Hugo Gonçalves.

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