domingo, setembro 12, 2010

XoXota atropela orange noir e impõe maior goleada da história veterana

Provavelmente, Nero não gostou muito da mudança do subtítulo do Blog do XI com Álcool e resolveu castigar, de modo exemplar, os atletas que integram a equipe. Onde antes aparecia "sempre em obras e vitórias para melhor atendê-los", hoje consta "os incendiários estão na ativa". Na prática, o elemento escolhido pelos veteranos para representar seu ímpeto em busca da retomada das vitórias no mais tradicional campeonato do Csap foi ineficaz contra a água e a chuva de gols trazidos pelos adversários da tarde.

Completo os orange-noir não estavam, em razão das ausências de Édson, fixo que se apresentará para os jogos a partir da próxima rodada, Mário, comparecendo a compromissos familiares, Persa, em férias na litorânea Porto de Galinhas, Lott, que, na noite anterior, havia confirmado sua presença, mas estranhamente não chegou até a Tropical Academia e Ramsés, de quem não houve nenhum retorno aos chamados para o cotejo de estreia. Face aos desfalques listados, a equipe formada por jogadores do XI, XVI, IX e V Csaps se alinhou com Felipão, Adriano, Diego, Leonardo e Carlão, mais Bruninho pronto para entrar tão logo fosse necessário.

Do outro lado, até o início da partida, o 'Salmão Endiabrado' não contava com o arqueiro Galvão e decidiu-se que as defesas ficariam a cargo do lesionado Steavy até que o titular chegasse. Mas essa era a única dificuldade dos atuais bicampeões, que, vestindo seu novo uniforme, preto com detalhes rosa, entrava como favorito para vencer mais um confronto com seus habituais fregueses. Em toda a história de confrontos entre as duas equipes, nunca houve nem empate entre XI com Álcool e XoXota. Todos os encontros findaram com a glória do lado calouro.

Tudo indicava um duelo equilibrado, inclusive a expectativa de ambos os lados era de um placar apertado ao final dos quarenta minutos de bola rolando. A comprovação da previsão viria com depoimento de um dos atletas do XX Csap que afirmou que, para eles, essa partida era esperada como a mais disputada dos duelos deles na primeira fase. Os placares de 7 a 5 na fase inicial do Apertura 2010 e 4 a 3 no Clausura 2009 são argumentos que, claramente, levaram a essa visão no campeonato.

Mas... foi só começar a partida que os números e a sensação geral desvaneceu-se por completo. Com a maioria dos atletas nerancieri sem ritmo de jogo, ainda que em boa forma física, o domínio de bola, o posicionamento em quadra e a saída para os ataques e contra-ataques esteve bastante prejudicada. O primeiro gol dos ainda alunos da EG/FJP não demorou a sair e aconteceu devido a marcação deficiente dos alunos formados. O pivô calouro estava bem marcado por Adriano, mas o ala DeAzul havia ficado livre na meia-cancha e driblou os dois para chutar na saída de Felipão. 1 a 0.

Pouco tempo depois, o XoXota continuou com seu espírito ofensivo e chutando constantemente a gol. Em partidas típicas, o arqueiro Felipão cresce em clássicos e não permite que, mesmo um bombardeio, se transforme em grande quantidade de gols. No entanto, nessa tarde ele não estava tão preciso como costuma ser e, em um disparo de longa distância, ele bateu roupa e a bola sobrou nos pés de Guidjer para ampliar o marcador. 2 a 0.

Como a tarde não estava realmente nada boa, logo após a saída de bola, o fixo Adriano foi pressionado na entrada da área e tentou se desvencilhar da marcação passando a bola para Diego. Mas o passe não conseguiu atravessar toda a extensão da área e sobrou para um adversário empurrar para as redes e fazer 3 a 0.

O avassalador começo do adversário era sinal de que seria necessário pedir um tempo para tentar recolocar as cabeças no lugar. E foi o que Diego fez logo após sair o terceiro tento e mostrando que o marcador estava daquela maneira graças a méritos do adversário mas, principalmente, aos erros individuais da equipe.

A conversa nessa parada técnica surtiu o efeito desejado e a equipe chegou ao equilíbrio, conseguindo atacar seus mais duros adversários no torneio de igual para igual. Com isso, saiu uma bola na trave de Leonardo , cujo rebote sobrou para Carlão. O pivô gigantesco finalizou, mas a bola foi alta e não ofereceu maiores perigos para Galvão. Sim, o arqueiro chegou após a partida ter sido iniciada e assumiu sua função.

A pressão do XI com Álcool prosseguiu e o time chegou ao gol, com um chute cruzado de Adriano, de fora da área, que cravou o ângulo esquerdo do goleiro dos representantes víntimos. Mas ainda faltava muito para reverter a vantagem rival. Qualquer falha poderia custar caro demais para os orange-noir.

E custou mesmo, quando Galvão foi conduzindo a bola até o meio-de-campo e chutou cruzado para fazer 4 a 1. Depois disso, o domínio do 'Salmão Endiabrado' foi completo e as tentativas de resolver as coisas individualmente levaram a roubadas de bola no campo de defesa e a ampliação do marcador para 6 a 1, ainda no primeiro tempo.

No intervalo, discutiu-se a melhor estratégia para voltar para a segunda etapa, mas chegou-se à conclusão de que a vitória era quase impossível e o importante era tentar diminuir a desvantagem com vistas ao saldo de gols final da fase de grupos.

Na segunda etapa, nos primeiros minutos ainda houve combatividade por parte dos nerancieri, mas a inversão do fixo com o pivô e a inexistência de um jogador de defesa atuando nesse trecho da quadra e os constantes erros de passe destruíram quaisquer possibilidades de recuperação. Dessa forma, o desastre foi sendo construída a maior derrota da história onzealcooliano. Não bastasse os acachapantes 11 a 2 contra o mesmo XoXota no Clausura 2009, quando a equipe, praticamente sem chances de classificação, jogou com apenas cinco jogadores, sem nenhum reserva, desta vez o impacto foi maior. 12 a 1.

O surpreendente é que, na atual ocasião, os multicampeões estavam com um elenco mais forte do que naquela feita. A lição que fica é que o nome não ganha jogo, o que, pelos resultados de 2008 em diante, eles sabem. E que ritmo de jogo é fundamental para alimentar quaisquer aspirações no torneio, como comprova as peladas de quinta-feira dos salmões.

Agora é aguardar como se sairão os orange-noir no próximo domingo, 19/09, às 11 horas, contra os Deztemidos. Será que a maldição de Nero acabará?

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