Trata-se de um velho clichê do futebol, lugar-comum levado à exaustão. Mas o que vimos na segunda-feira última foi a confirmação da assertiva. "Goleiro bom é como um bom vinho: só melhora com o tempo".
Nesses anos todos de pelejas, presenciamos grandes exibições do nosso arqueiro Ansaloni. Talvez a origem carcamana do rapaz explique um pouco a intimidade com a guarda das redes, já que de Pagliuca a Buffon, exemplos não faltam. Mas nada vai se comparar à atuação definitiva pela 5a rodada do CSAPÃO Clausura 2008. À queima roupa, de longe, no alto, no rasteiro e diante do castigo máximo do futebol. Lá estava Felipão, absoluto.
Nelson Rodrigues, para ofender o velho Marcial após um frango, sentenciava: "Aquele médico não é goleiro". Felipão, que já não é mais Admistrador Público, sempre foi goleiro. Sempre melhor. Como um bom vinho da velha bota.
Um comentário:
Meu prezado editor,
Nada mais justo do que essa homenagem ao competentíssimo Felipão. Realmente contra os Galáticos sua atuação não pode ser descrita em palavras, apenas nossas retinas e daqueles que estiveram presentes na última segunda-feira poderiam relatar.
E contamos com ele, fechando o gol, tal qual um Walter Zenga no Mundial de 1990 e seus 517 minutos de invencibilidade.
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