segunda-feira, outubro 27, 2008

Classificação vem com vitória sobre os Galáticos

A quinta e última rodada da primeira fase marcou mais um reencontro entre XI com Álcool e Galáticos, velhos conhecidos das quadras csapianas. A partida, que só valeu para definir as posições de ambos no Grupo A, aconteceu na noite desta segunda-feira, no piso de cimento do Planeta Bola, mesmo local em que ocorrerão os jogos seguintes pelas fases de mata-mata.

Com ambos sabendo desde o início que os jogos de domingo haviam assegurado suas passagens para as quartas-de-final poderia ser esperado um relaxamento e um clima mais amistoso entre eles. A segunda expectativa se não foi um completo mar de rosas, pelo menos, esteve longe da tensão vivida na semana anterior quando os veteranos encontraram-se com o IPM. A descontração, no entanto, não encontrou lugar um único momento no tradicional duelo.

A disputa, que viria a ter muitos gols, não demorou a ter seu placar aberto após forte chute, indefensável e no meio do gol, desferido por uma das torres gêmeas do time do XV CSAP, Tulin. Em uma noite mais calma e com os pés no chão, num indicativo de que a maturidade e o ritmo de jogo estava reaparecendo, o XI não se afobou e subiu ao ataque sem desespero. Em cobrança de lateral de Leonardo para o 'Professor' Eugênio, o ala, da ponta direita, chutou cruzado e acertou a parte interna da trave antes da bola balançar as redes. E, ainda na primeira etapa, os orange-noir alcançaram a virada com o fixo Adriano aproveitando rebote originado da cobrança de falta do pé-de-anjo Persichini. Vantagem mantida até o fim da metade inicial e um certo alívio para uma equipe que receava repetir a campanha da primeira fase do Apertura 08, quando sofreu três derrotas. Para isso, era essencial não sair derrotada do certame da noite.

Após diálogos ríspidos, mas comuns a escretes que almejam as vitórias e não tem fissuras no elenco que os impeça de falar na cara de cada um, o XI com Álcool retornou para a segunda etapa que poderia confirmar a escrita negativa ou demonstrar que eles ainda estavam na briga para chegar ao seu tricampeonato e com um futebol maiúsculo.

O recomeço manteve a qualidade da primeira etapa, em que os únicos questionamentos com relação ao árbitro deram-se quanto à sua exigência veemente da permanência de um único representante de cada equipe em pé no banco de reservas. Hugo, membro do clã Gonçalves e legítimo representante bonfinense, foi expulso na metade inicial por reclamar de forma incisiva com o bom juiz e teve que assistir ao restante da partida do lado de fora do alambrado.

No jogo, os Galáticos começaram a envolver seu adversário e atacar com mais homens, normalmente 3 contra 2, embora parassem, por vezes, no que seria o nome do jogo, Felipão. Autor de defesas importantes, muitas delas cara a cara ou em saídas decididas, o arqueiro onzealcoolico impediu por diversas oportunidades a igualdade no placar. E, se os homens de preto não concluíam com precisão suas chances, coube ao próprio time laranja assinalar o segundo tento... do adversário. Adriano, aquele mesmo que havia desempatado o cotejo, foi o responsável por empatar novamente, agora em 2 a 2, após tentar tirar a bola em chute cruzado em que nada pôde fazer o descendente de italianos nascido em Mariana. O empate só fez crescer a pressão do XV CSAP, embora seus avanços fossem alternados com lances de perigo o XI que também traziam perigo à meta do guarda-redes Léo. E numa dessas subidas, o gigante Rafael 'Péu', outrora astro do extinto Sexta-Feira XIII, deslocou-se para a direita e, já caindo, finalizou cruzado e, com a bola passando próxima ao canto esquerdo da meta ónzima, marcou o terceiro. Estava claro que o domínio da partida começava a passar definitivamente para os Galáticos e, ainda que jogasse bem, o XI com Álcool não conseguia concluir em gol as chances que criava. Essa situação fazia lembrar a quarta-feira anterior, em que as oportunidades para marcar não faltaram, mas esbarraram na ótima atuação do arqueiro do IPM, Felipe Michel, e na imprecisão dos disparos. E, para piorar, dois jogadores orange-noir bateram cabeça ao tentar tirar a 'número cinco' da entrada da área e perderam-na para um avante rival, que não desperdiçou o presente e, ao dominá-la, tocou-a para Luks, sozinho, debaixo do gol. A costumeira tabela, principal jogada dos calouros, funcionou mais uma vez, apesar da advertência reiterada antes do jogo para o perigo dessa arma. Do lado de fora, o 'Professor' temia por um novo insucesso, afinal dois gols de frente para um poderoso oponente era uma diferença considerável.

Mas, numa dessas jogadas do destino, a sorte voltou a sorrir para os atuais campeões do Clausura. Ao tentar a finalização dentro da área, o capitão Persichini foi derrubado. Não houve escolha para o apitador, pênalti. O próprio Persa cobrou, de chapa, e o goleiro nada pôde fazer para evitar a diminuição da vantagem de sua equipe.

O lance trouxe o XI com Álcool de volta ao clima da disputa e não tardou para que Marão acertasse um pombo sem asa da entrada da área e marcasse um golaço. O 4 a 4 não deixava ninguém dizer que o jogo poderia ser de cartas marcadas, mesmo porque a hombridade desses homens não poderia jamais ser questionada.

O prélio encaminhava-se para o seu final e o número de faltas rodava alto para ambos os lados, mas, de forma mais negativa, para os Galáticos que já haviam cometido as cinco coletivas. Entretanto, antes de ocasionar a cobrança do tiro dos dez metros para o XI, os calouros conseguiram empatar em pênaltis sofridos. Em lance idêntico ao marcado a seu favor, os orange-noir viam, mais próximo do que nunca, que a terceira derrota era iminente. Tulin, autor do primeiro gol e dono de forte chute, foi para a cobrança. Desferiu chute no canto direito de Felipão e, eis que nesse instante, o gigante da noite, o dono da caixa de ferramentas Nakata, do rádio MKS, Felipe Ansaloni, o Felipão, mostrou que, em certos momentos, era intransponível ao desviar para escanteio a chance da vitória galática.

Um empate deixaria o XI com Álcool em quarto lugar e o encaminharia para um embate contra o Xoxota no dia 02 de novembro. Mas isso não irá acontecer. O 'Professor', mesmo queixando-se estar cinco quilos acima do peso e prometendo retomar a velha forma física, agora em Brasília, subiu ao ataque e chutou cruzado para virar o placar que não mais seria modificado. O último lance de perigo da partida selou o renascimento dos bi-campeões que vêm com tudo após duas vitórias heróicas: Deztemidos na 3ª rodada e Galáticos na 5ª. Indícios de emoções ainda maiores na fase decisiva. Dentro de seis dias conferiremos os próximos capítulos.

Ficha Técnica:
XI com Álcool: Felipão, Adriano, Marcus, Persa e Leonardo. Entrou: Marão.
Galáticos: Léo, Tulin, Luks, Marcus Vinícius e Péu. Entrou: Victor Hugo.

Artilharia:
XI com Álcool: Adriano, Diego, Leonardo e Marcus (4 gols), Ângelo e Mário (2), Felipe Rocha, Persichini e Carlão (1).

Um comentário:

Unknown disse...

Show de bola moçada!
Agora vamos nos preparar para as fases finais! Vamos começar a estudar os adversários!!!
Abs,
Carlão
ps: alguém me inclua no grupo XICOMALCOOL!!!